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Broadcom compra VMware por US$ 61 bilhões, apostando em demanda por softwares

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Estadão Conteúdos

O acordo de US$ 61 bilhões do presidente-executivo da Broadcom, Hock Tan, para comprar a VMware marca a maior aposta até agora de que o boom na demanda por software empresarial vai perdurar apesar do tumulto econômico, e que o agrupamento de ofertas díspares de produtos de baixo perfil pode gerar retornos descomunais.

Tan transformou a Broadcom em uma potência de microchips ao adquirir fabricantes de uma série de componentes pouco atraentes, mas essenciais, e depois cortar custos e alavancar o crescente poder de preços da empresa. Ele agora está apostando que o mesmo modelo funcionará em software corporativo.

O acordo, anunciado nesta quinta-feira, empurraria a Broadcom para um mundo de software povoado por empresas como IBM e Oracle, bem como independentes especializadas em aplicações de nicho. A compra quase triplicaria o tamanho da divisão de software da Broadcom e representaria quase 49% da receita da empresa.

Sob o acordo, uma das maiores aquisições do ano, a Broadcom está pagando metade em dinheiro e metade em ações e assumiria US$ 8 bilhões em dívidas da VMware. O acordo oferece um valor total por ação de US$ 138, um prêmio de mais de 40% para onde as ações da VMware estavam sendo negociadas antes dos relatos da mídia sobre o acordo na semana passada.

Após dois anos de rápida expansão, a indústria de tecnologia está lutando com a turbulência pós-pandemia no comércio eletrônico, publicidade digital, vendas de PCs e outras áreas. Mas o mercado de software empresarial que a Broadcom está comprando está se tornando um bolsão de crescimento constante, mesmo em meio à incerteza do mercado.