Na análise setorial, as empresas do setor de serviços ganharam destaque negativo com o maior número de pedidos de recuperação judicial (28) em relação ao comércio (13) e indústria (10). O setor de serviços manteve o número de pedidos (28) apurados em abril. No entanto, no comparativo anual, caiu dos 62 pedidos registrados em maio de 2021.
O economista da Serasa Experian Luiz Rabi explica que o quadro atual de dificuldades financeiras, que vêm sendo enfrentado pelas empresas do País, fez com o que os donos de negócios procurassem outros meios de agir. “Lidando com a alta da inflação e da taxa de juros os empreendedores estão buscando renegociar suas dívidas junto aos credores ao invés de se valerem do instrumento de recuperação judicial, que é sempre mais caro e demorado”, afirma o especialista.
Falências
Na avaliação comparativa entre maio de 2021 e maio de 2022, os pedidos de falência caíram 27,2%, indo de 103 para 75 solicitações. A liderança continua com os micro e pequenos negócios, com 49 requisições. No comparativo, apenas as empresas de médio porte sofreram aumento, de 12 para 18. Em relação aos segmentos, todos demonstraram melhora, com destaque para o setor de Serviços, que caiu de 60 para 39 pedidos.