De acordo com um porta-voz, o anúncio foi feito aos funcionários via e-mail enviado pelo CEO do Twitter, Parag Agrawal, que também informou que perguntas podem ser enviadas a Musk antecipadamente. Ainda segundo o porta-voz, a chefe de marketing da empresa, Leslie Berland, vai mediar o evento.
No fim de abril, o Twitter aceitou a oferta de US$ 44 bilhões de Musk para adquirir a empresa e torná-la privada. Mais tarde, Musk disse que o acordo estava suspenso devido a preocupações quanto à precisão das estimativas da empresa sobre contas de spam em sua plataforma de mídia social. No início deste mês, o bilionário ameaçou cancelar a transação, acusando a empresa de não atender sua solicitação de dados sobre contas de spam.
Mesmo com a reunião marcada para quinta, não é possível ainda determinar se os planos de Musk de falar com funcionários do Twitter significam que os dois lados chegaram a um acordo.
As ações do Twitter – que estão sendo negociadas abaixo do preço de oferta de Musk, em meio a dúvidas dos investidores acerca da concretização do acordo – subiram quase 3% nas bolsas de Nova York ontem, após o anúncio da reunião geral. O preço do papel encerrou o pregão passado em cerca de US$ 37, bem abaixo do preço da oferta feita por Musk, de US$ 54,20.
A incerteza sobre o resultado do acordo deixou os funcionários preocupados com seus empregos e alguns começaram a planejar a demissão, ao passo que outros disseram que a venda da empresa para Musk poderia ajudar no recrutamento. O cenário também levantou questões sobre como operar uma plataforma com cerca de 229 milhões de usuários diários, enquanto seu possível futuro proprietário a usa para atacar publicamente a empresa.
Musk disse que faria mudanças significativas no Twitter ao comprá-lo, incluindo oferecer tweets mais longos, criar um botão de edição e tornar o algoritmo da plataforma público. Ele também falou sobre depender menos de publicidade e suavizar a postura do Twitter sobre moderação de conteúdo. Em maio, Musk disse que reverteria o banimento do ex-presidente Donald Trump da plataforma, ação que chamou de “decisão moralmente ruim”.