Apesar de afirmar que não tinha conhecimento do pedido, Daniella disse que, se houver liberação do conselho do banco e da parte jurídica, vai enviar às gravações para Guimarães. Ela respondeu perguntas da imprensa em coletiva após sua cerimônia de posse nesta terça-feira (5).
Além disso, ela também comentou sobre a reportagem da Folha que afirmou que a Caixa pagou por melhorias na casa do ex-presidente do banco em uma área nobre de Brasília. Segundo ela, chegou ao seu conhecimento que Guimarães sofria ameaças.
Bolsonaro
A nova presidente da Caixa isentou o presidente Jair Bolsonaro de não ter se posicionado até o momento sobre as denúncias de assédio envolvendo Pedro Guimarães e focou nas atitudes práticas do chefe do Executivo. “Bolsonaro tomou a atitude necessária para proteger imagem da Caixa, afastou envolvidos”, afirmou em coletiva de imprensa.
“Ninguém tem interesse em perseguir nem proteger ninguém”, acrescentou.
De acordo com Daniella, ela foi bem recebida pelas mulheres do banco. “Brinquei com presidente que foi ano-novo das mulheres. Dos 20 maiores, não tem nenhum banco sendo presidido por mulheres”, seguiu. Em seguida, relatou como foi convidada por Bolsonaro a chefiar a Caixa. Ela recebeu uma ligação do presidente na terça à noite para comparecer ao gabinete no dia seguinte pela manhã.
“Vou trazer esse olhar aqui para dentro mas pretendo abrir uma frente de diálogo através da Febraban e mundo corporativo. Não é aceitável que se esteja ainda falando de assédio ou violência doméstica”, reiterou Daniella. “A gente vai tentar fazer frente ampla de união, eu fiz convite amplo para que todos se juntem à Caixa”.