Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega prevista para agosto subiu 1,89% (US$ 1,81) hoje, mas recuou 6,87% na semana, a US$ 97,59 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro teve alta de 2,08% (US$ 2,06) nesta sexta-feira, mas acumulou baixa semanal de 5,48%, a US$ 101,16.
Hoje, os contratos se beneficiaram do movimento no mercado cambial, que viu o dólar perder força ante moedas de economias desenvolvidas, após seguidas altas em sessões recentes. Ao mesmo tempo, a notícia de que a Arábia Saudita não deve elevar sua produção reforçou a perspectiva de que a oferta global da commodity siga apertada no curto prazo.
Segundo a Oanda, dados melhores que o esperado dos EUA, como as vendas no varejo de junho e o sentimento do consumidor de julho, também deram fôlego ao óleo, uma vez que relembraram investidores do “quão forte está a economia americana”, apesar das especulações sobre uma possível recessão. Para dirigentes do Federal Reserve (Fed), como Mary Daly e James Bullard, está é uma possibilidade improvável, mesmo diante do forte aperto monetário conduzido pelo BC.
Do outro lado do globo, a China registrou indicadores mais fracos que o esperado. “Os dados econômicos enfraquecidos da China e uma possível melhora da situação da covid-19 manterão suas perspectivas de demanda de petróleo como um grande ponto de interrogação”, diz a Oanda.
Além dos riscos de recessão da economia global, o Julius Baer credita o recuo semanal do petróleo a um movimento de ajuste diante do “desaparecimento” do prêmio de risco relacionado á guerra na Ucrânia. Apesar do boicote europeu, o petróleo da Rússia tem conseguido se mover para a Ásia, e os temores de déficit de abastecimento não se materializaram, explica o banco suíço.