Ele afirmou que os preços dos adubos já cederam, embora ainda não estejam no patamar desejado pelos agricultores. “O produtor terá de se adequar ao que está aí, mas tem o produto. Fertilizantes estão todos no País”, reforçou.
O abastecimento interno de adubos para a safra 2022/23 era uma das principais preocupações do setor produtivo após a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia, dada a dependência externa do Brasil para o suprimento doméstico e a elevada participação da Rússia nas importações brasileiras.
Algodão
O ministro da Agricultura também projetou que em dez anos o Brasil será o maior exportado mundial de algodão, passando dos atuais 2 milhões de toneladas exportadas para cerca de 4 milhões de toneladas. “Este é o Brasil que queremos. Vocês, do setor de algodão, mostram a verdade do Brasil. Algodão é uma das nossas principais riquezas. Algodão já possui autocontrole que buscamos para todos segmentos”, disse Montes.
Ele criticou novamente as cobranças de países, como a França, sobre a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. “A França não aceita país competitivo como o Brasil e usa a proteção ambiental come escudo”, disse.
O ministro voltou a afirmar que o agro brasileiro “não ficou em casa” durante a pandemia de covid-19. “O agro olhou para a frente e o Brasil deu certo. A grande maioria dos países vive momentos trágicos. Temos vizinhos perto que estão vivendo momentos dramáticos”, disse, apontando que a queda da taxa de desemprego, o recuo da inflação e o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) se devem também ao esforço dos produtores brasileiros.
O evento reúne cerca de 3 mil pessoas, entre cotonicultores, pesquisadores, indústrias de insumos e lideranças do setor.
*A jornalista viaja a convite da Abrapa.