“Os fatores que levaram à revisão foram a incorporação da dinâmica dos dados de atividade econômica no curto prazo e do efeito da ampliação de transferências sociais sobre o consumo das famílias. Os estímulos fiscais devem promover uma desaceleração mais branda da atividade econômica ao longo deste segundo semestre”, afirmou o documento da IFI.
Por outro lado, para 2023, a entidade reduziu a estimativa para o crescimento econômico de 0,7% para 0,6%, afetada pelo aumento de juros promovido pelo Banco Central e o menor dinamismo do crescimento mundial.
A projeção da IFI para o resultado primário de 2022 passou de déficit de R$ 40,9 bilhões (0,4% do PIB) para um superávit de R$ 27,0 bilhões (0,3% do PIB). Esse aumento, informou a entidade, se deve à revisão em R$ 70,4 bilhões na expectativa para a receita líquida.
Para a dívida bruta, a projeção da entidade para 2022 diminui de 79,4% do PIB para 78,8%.Para 2023 a expectativa é de que o indicador suba a 80,9% do PIB.
“A título de comparação, o Ministério da Economia projeta a dívida bruta em 78,3% do PIB em 2022 e 78,5% do PIB em 2023. Os parâmetros macroeconômicos utilizados explicam a diferença entre as projeções da IFI e do governo: enquanto a IFI espera crescimento real do PIB de 2,0% em 2022 e de 0,6% em 2023, o governo projeta 1,5% de crescimento para 2022 e outro de 2,5% no ano que vem”, informou o RAF.