“Há riscos altos de recessão causada por choques, mas não é o cenário base. Precisamos manter taxas altas por mais tempo até vermos inflação desacelerar”, ressaltou Bullard. “Não é uma boa ideia mexer na meta da inflação. Precisamos levar as expectativas de inflação de volta à meta”, completou.
Com relação ao balanço patrimonial, Bullard afirmou que acredita que a instituição começou tarde o processo de redução. “Aperto quantitativo (QT) está nos ajudando. Estou ansioso para ver como o QT afeta as condições financeiras”, diz. “Precisamos de tempo para avaliar efeitos da redução do balanço patrimonial”, ponderou.
Quando perguntado sobre a recente alta dos rendimentos dos títulos americanos, ele destacou que acredita que é positiva, pois condiz com o objetivo de fazer com que a inflação desacelere.
Bullard ainda comentou, após ser questionado sobre a valorização do dólar, que os bancos centrais ao redor do mundo não foram “pegos de surpresa” sobre as políticas do Fed, já que a instituição vem sendo clara. Para ele, isso limitou a possibilidade de os BCs não terem tempo de reagir.