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Moedas: dólar opera volátil, mas ganha força com comentários de Powell

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Estadão Conteúdos

O dólar chegou a recuar ante a maioria das moedas nesta quarta, 2, mas ganhou força na sessão com os comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Com a decisão de política monetária da autoridade, a moeda americana se desvalorizou com a percepção de que as altas de juros de 75 pontos base poderiam ter chegado ao fim. No entanto, em sua coletiva de imprensa, Powell reforçou a continuidade do aperto monetário, o que deu forças ao dólar. Amanhã, a expectativa fica por conta da decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), que tende a dar volatilidade à libra, que se desvalorizou fortemente nos últimos tempos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 147,67 ienes, o euro recuava a US$ 0,9836 e a libra avançava a US$ 1,1406. Enquanto isso, o índice DXY registrava alta de 0,58%, a 112,124 pontos.

Para a Western Union, o dólar tem uma maior sensibilidade às questões relacionadas ao Fed, pois o nível das taxas de empréstimo ajuda a determinar sua atratividade. Os grandes aumentos de juros do Fed este ano para domar a inflação fizeram o dólar disparar para máximas de 20 anos. A atenção do mercado esteve focada em quais são os planos dos dirigentes para a política em dezembro, avalia.

A Stifel Economics afirma que, enquanto o Fed está cada vez mais focado no atraso da política monetária e na eventual necessidade de um ritmo mais lento de aumentos de juros, Powell fez pouco para convencer o mercado de que a hora é agora. O presidente enfatizou que é necessário mais aperto, que a economia está desacelerando, mas permanece modesta, que há o risco de fazer muito pouco, e que o momento de reduzir o aperto pode não ser dezembro ou mesmo fevereiro.

Enquanto isso, a Western Union crê que a libra pode ver alguma volatilidade explosiva nos próximos dias, já que o BoE segue o Fed com uma decisão sobre a taxa de juros. Amanhã, a expectativa é de que o banco deve aumentar as taxas em pelo menos 50 pontos base dos atuais 2,25%, com a inflação do Reino Unido acima de 10%, uma alta de 40 anos. “A libra pode aproveitar sua recuperação das mínimas recordes de setembro se o Fed sinalizar uma desaceleração no ritmo de aumentos das taxas e se o BoE aumentar as taxas para mais perto das expectativas mais agressivas de 75 pontos-base”, projeta.