Recentes pesquisas de opinião sugerem a possibilidade de uma “red wave”, ou seja, uma onda vermelha (a cor do partido Republicano) na Câmara e no Senado, repetindo os feitos de 1994 e 2010, no dia 8 de novembro. Para o Senado, há disputas-chave nos Estados de Arizona, Nevada, Pensilvânia e Georgia, mostrou pesquisa do The New York Times e Siena College. No mercado, a expectativa é de que ao menos uma das casas, ou a Câmara dos Representantes ou o Senado, mude de mãos.
Para a canadense ANZ Research, há 55% de chances de o Congresso passar a ser controlado pelos republicanos. Já a possibilidade de o Capitólio ficar com o comando dividido, afirma, é de 41%, com os democratas permanecendo à frente do Senado e a oposição assumindo a liderança da Câmara dos Representantes.
Dessa vez, os norte-americanos vão votar para escolher 435 deputados e 35 de um total de 100 senadores, além de alguns governos estaduais e outros cargos municipais e estaduais. Das vagas para o Senado, os republicanos têm 21; e os democratas, 14. As eleições ocorrem a cada seis anos, de forma escalonada, ou seja, um terço dos assentos é renovado a cada dois anos. Já na Câmara dos Representantes, o prazo é fixo e os mandatos duram apenas dois anos.
Para Andra Gillespie, professora associada de ciências políticas da Universidade Emory, nos EUA, uma mudança no poder do Congresso norte-americano pode paralisar parte da agenda de Biden uma vez que os republicanos tendem a adotar uma postura mais resistente. “Mesmo com o controle do Congresso, o governo Biden teve dificuldade para aprovar partes de sua agenda legislativa… Há muita diversidade dentro da coalizão democrata, e muito desacordo sobre quais são os compromissos aceitáveis e a direção de certos atos”, avalia.
Em Wall Street, a leitura indica que a alta da inflação nos EUA fará com que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) suba novamente os juros e os mantenha em um patamar elevado por mais tempo. Com um processo de aperto monetário, os riscos de que a economia dos EUA fará um pouso forçado se sobrepõem às chances de uma aterrissagem suave.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.