Notícias

Notícias

Bolsas de Nova York fecham em baixa, com eleições dos EUA no radar e expectativa por CPI

Por
Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta, 9, em uma sessão atenta aos resultados das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos. A apuração deixou algumas dúvidas, como o controle do Senado, mas indica que os democratas não terão maioria no Congresso, com os republicanos provavelmente comandando a Câmara dos Representantes. Amanhã, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano será divulgado, e deve apontar parte dos próximos passos do Federal Reserve (Fed).

No fechamento, o Dow Jones caiu 1,95%, aos 32.513,94 pontos, o S&P 500 perdeu 2,08%, aos 3.748,57 pontos, e o Nasdaq teve queda de 2,48%, aos 10.353,18 pontos.

Para a LPL Markets, a principal conclusão dos resultados das eleições até agora é provavelmente um governo misto. A avaliação é de que continua a ser visto como uma configuração favorável ao mercado em geral. “Ainda há contas a serem feitas em algumas disputas importantes, mas ainda é muito provável que os republicanos assumam a Câmara”, lembra. Historicamente, um congresso republicano sob um presidente democrata tem sido o ambiente mais forte para as ações, mas um congresso dividido (sob um presidente de qualquer um dos partidos) também vê retornos acima da média, aponta a LPL.

Um dos grandes destaques da sessão é a continuidade das fortes quedas de ações ligadas a criptoativos, em um dia no qual o Bitcoin recua mais de 10%. Uma crise de liquidez para o FTX levou à sua venda para um dos principais concorrentes, a Binance, desencadeando grande volatilidade no setor. Coinbase recuou (-9,54%) e Robinhood caiu (-13,76%), ambas empresas atreladas à comercialização de criptoativos. Outros recuos com destaque foram as petroleiras, que seguiram a queda do barril. Occidental Petroleum (-9,22%), Chevron (-4,00%) e ExxonMobil (-4,47%) tiveram relevantes baixas.

Na direção contrária, a Meta Platforms, conglomerado de tecnologia dono do Facebook, Instagram e WhatsApp, subiu 5,18%, em dia em que anunciou a decisão de demitir 13% de seus funcionários, em carta do CEO Mark Zuckerberg. A Meta também decidiu cortar gastos discricionários e estender o congelamento de contratações ao longo de todo o primeiro trimestre de 2023, decisões que tornarão a empresa “mais eficiente”, de acordo com Zuckerberg.