“Eu tinha a previsão de 0,50% porque o que ia contribuir para desaceleração do índice era o recuo de passagens aéreas, mas não levava em conta o aumento dos combustíveis na magnitude em que está acontecendo”, afirma Picchetti.
Na segunda leitura do mês, passagem aérea desacelerou (9,91% para 4,95%), enquanto os itens gasolina (-0,30% para 1,33%) e etanol (3,98% para 7,48%) registraram aceleração. “Gasolina está com aumento de 4% na ponta e etanol de mais de 9%”, calcula o coordenador.
Picchetti atenta também para a aceleração dos alimentos in natura no grupo Alimentação (0,83% para 0,88%), com destaque para o item tomate (15,69% para 19,63%). “A boa notícia é que a ponta do tomate está em torno de 17%, mostrando desaceleração. Não deve vir pressão adicional desse item”, afirma.
O coordenador aponta ainda que a alta de Alimentação contribuiu também para o aumento da difusão do IPC-S, que estava em 63,87% na leitura anterior e passou para 64,52% na segunda quadrissemana de novembro.