Segundo fontes ao Valor Econômico, o presidente do Banco Central compartilhou, em reuniões privadas com investidores em Washington, sua visão positiva sobre o novo marco fiscal proposto pelo governo.
De acordo com relatos de participantes, Campos Neto destacou que o arcabouço fiscal eliminaria o risco de uma trajetória explosiva da dívida pública e mostrou otimismo em relação à inflação, embora tenha ressaltado que é preciso aguardar mais para ver se o movimento de queda é uma tendência consistente, e não apenas um resultado pontual.
Houve especulações de que Campos estaria inclinado a uma postura menos restritiva e a abrir espaço para a discussão de cortes, mas ele deixou claro que o Copom precisa ver uma melhora nas expectativas de inflação antes de iniciar o ciclo de queda do juro. Ele também expressou preocupação com o processo de desancoragem das expectativas inflacionárias e não é favorável a discussões sobre o aumento das metas de inflação.
Campos também enfatizou que o componente de demanda da inflação brasileira é relativamente forte e que ainda há pressões inflacionárias a serem combatidas.