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Aquilo que não te ensinaram sobre educação financeira para pais!

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O que é educação financeira

A educação financeira consiste no domínio prático, racional e equilibrado dos recursos financeiros. Permite que possamos realizar grandes planos para nós e nossas famílias, como a conquista da casa própria ou um legado para os nossos filhos. Educar-se requer a conquista passo-a-passo de objetivos bem traçados ao longo da jornada nos investimentos.

Quanto maior for o processo de aprendizagem, maior serão as possibilidades de atingirmos as metas. Assim, a educação financeira é um instrumento que amplia o nosso repertório como investidor, reduzindo possíveis riscos diante das crises e garantindo bons retornos diante das oportunidades. Todos que são pais sabem que, com a chegada das crianças em suas vidas, é preciso garantir a proteção financeira necessária, além de planejar o futuro no longo prazo. Uma das tarefas é assumir o controle sobre as finanças. Afinal, além de serem responsáveis por todas as necessidades materiais dos pequenos, também é preciso refletir sobre a trajetória financeira dos filhos.

Apesar do desejo de um futuro financeiramente equilibrado aos filhos, ainda são poucos os brasileiros que procuram se educar financeiramente. Isto se deve ao fato de que, culturalmente, o improviso e o imediatismo nas decisões são hábitos comuns.

O que você aprendeu sobre finanças com seus pais?

Você já reparou na maneira como muitos pais e até os avós lidam com o dinheiro? Os filhos tendem a reproduzir as características financeiras dos pais. Mas nem sempre este aprendizado é positivo. Por isso, é preciso fazer uma reflexão:

O que você aprendeu com a experiência deles?

Caso você tenha nascido em uma família brasileira típica, talvez já tenha percebido que a palavra “planejamento” quase não aparecia nas conversas sobre dinheiro.

A ideia de que o planejamento financeiro é importante ainda é recente em nossa cultura. É compreensível este déficit educacional tão ausente para a maioria da população. A história econômica nacional também não nos favoreceu muito.

Para se ter uma ideia, somente a moeda nacional já mudou 8 vezes em 52 anos (1942 e 1994), sendo 6 destas mudanças dentro de um período de apenas 20 anos. Ou seja, a instabilidade econômica prolongada foi vivida por muitos brasileiros, dentre eles os pais, avós e até mesmo alguns de nós. Este contexto certamente moldou muito a nossa forma de lidar com o dinheiro e com os recursos.

Os filhos e netos do período inflacionário

Numa economia cuja inflação não estava sob controle, era praticamente impossível fazer qualquer planejamento financeiro mais robusto. Tudo era muito incerto e a hesitação deste período deixou marcas profundas em nossa cultura.

Se você não viveu este período, caro leitor, então ao menos já ouviu falar sobre as histórias desta época. Pela manhã os produtos tinham um preço e pela noite já era outro. A variação de preços criou nas pessoas a mentalidade do “melhor comprar agora”, pois o futuro próximo era imprevisível.

Por tudo isto, como nação, não tivemos ainda tempo suficiente para reeducar as novas gerações quanto ao planejamento financeiro. Pois, embora os juros e a inflação estejam em sua mínima histórica, muitos permanecem com a mentalidade antiga. Isto é, ignoram a importância do planejamento e do estudo em educação financeira. Outra consequência deste período, também provocada pela incerteza econômica, foi o apego excessivo pela poupança. Assombrados pelo clima contínuo de insegurança econômica, muitos brasileiros criaram aversão ao risco. Por isso, esconderam suas economias na poupança e desistiram de pensar em outras possibilidades.

Portanto, a educação financeira foi sempre relegada a segundo plano na vida dos brasileiros. Além disso, muitos de nós absorvemos os medos e os costumes que vieram da nossa família e da cultura geral do país.

É por isso que a educação financeira é tão importante para todos, sobretudo para os pais. Com estudo e esforço, poderemos quebrar o ciclo hereditário de uma mentalidade pouco adequada. Assim, nossos filhos saberão lidar melhor com o dinheiro.

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Como ensinar educação financeira para os filhos?

Agora que você já entendeu a importância da educação financeira e já refletiu sobre os padrões de comportamento que nos influenciou, é hora de aprender a falar de finanças com seus filhos. Mas, como disse o filósofo Santo Agostinho certa vez: ninguém pode dar aquilo que não tem.

Você se educou financeiramente bem para, então, passar lições para seus filhos?

A maneira como as crianças percebem o dinheiro é sempre uma resposta do que veem no comportamento dos pais. Por isso, a educação financeira dos filhos começará sempre pela educação financeira dos próprios pais. Logo, nosso primeiro conselho é: aperfeiçoe seus hábitos primeiro antes de passar lições para as crianças.

Os filhos percebem quando dizemos uma coisa, mas fazemos outra. Caso haja uma orientação para poupar a mesada, mas há descontrole do orçamento familiar – cheque especial todo mês -, a orientação não terá efeito. Ao contrário, parecerá que seus conselhos não são tão importantes assim. Se você é pai ou mãe, comece pela autoeducação.

Como me educar financeiramente?

Se você leu este artigo até aqui, então já deu o primeiro passo! Pois como toda educação, a financeira também começa pela curiosidade. No começo deste artigo nós falamos sobre a influência do processo

histórico e os hábitos que nos foram passados pela cultura entorno. Agora, vamos para algumas dicas práticas.

Revisando seus hábitos de consumo

Todo planejamento futuro começa por saber onde se está no presente. Por isso, antes de pensarmos no futuro financeiro da família, é preciso identificar hábitos antigos e estar consciente deles. A família tem consumido mais recurso do que ganha? Há financiamentos que ainda não foram quitados? Vocês possuem o hábito de registrar ganhos e gastos mensais e anuais?

A pergunta mais importante de todas, na verdade, é: Você gostaria que seus filhos lidassem com o dinheiro da mesma maneira que você? Se a resposta é não, então é hora de assumir os erros e decidir melhorar.

Se organizando para o futuro

Você já ouviu isso antes, mas não custa lembrar: use uma planilha para registrar sua movimentação financeira. Ter o orçamento doméstico em dia é o primeiro passo para começar a investir. Monte a sua reserva de emergência primeiro, ela lhe dará mais segurança quando chegar a hora de investir.

Aprendendo com quem sabe mais

Com as finanças domésticas sob controle e com a reserva de emergência bem empregada, é hora de estudar as opções do mercado financeiro. Acompanhe nossos artigos e indicações de livros, não deixe de aprender todo dia um pouco mais sobre como e onde alocar seus investimentos.

Existe um leque de opções para diferentes perfis de investidor, você precisará saber qual o seu. Nesta etapa, a Valor Investimentos pode te ajudar, agende uma consulta com um de nossos assessores de investimos. Com uma consultoria de qualidade, você se sentirá bem mais seguro com a sua carteira.

Sonhe de modo ambicioso, planeje de modo realista.

Não há nenhum problema em ter grandes ambições para seus investimentos, desde que os passos para realiza-lo sejam realistas. Consulte-se com um bom assessor de investimentos, monte sua estratégia de acordo com seu perfil e com o tempo de retorno que você está disposto a esperar. Há muitas oportunidades no mercado financeiro, mas você precisa saber onde está pisando.

A sua presença é mais importante do que os presentes.

Na educação financeira para pais, precisamos falar da relação pouco saudável que muitos pais estabelecem com seus filhos. Uma das marcas comuns desta falha educacional é o hábito de compensar a ausência parental com um presente ou com dinheiro.

Nosso modelo familiar mudou, e hoje as crianças passam cada vez menos tempo com seus pais. Com isto, muitos pais se sentem culpados por terem que trabalhar e, para compensar as crianças, enchem-nas de mimos. Isto é prejudicial para a educação financeira dos filhos por que, na cabecinha deles, a ausência dos pais é o preço a pagar para poder comprar muitas coisas. Mas isto não precisa ser assim.

Suas crianças talvez não consigam expressar isto, mas elas anseiam mais por sua presença do que pelos presentes novos. Os pais não precisam largar seus trabalhos e nem passar o dia todo dentro de casa, basta que quando estiverem em casa, estejam com a atenção 100% na família. As crianças não

precisam da sua atenção todo o tempo, mas precisam da sua atenção de qualidade quando você estiver presente.

Evite estas três coisas:

Não conte com o cartão de crédito

Por mais que ele sempre esteja ali, o cartão de crédito não é seu amigo. Organize bem os seus gastos fixos e gaste menos do que ganhe. Ainda que você tenha que fazer alguns sacrifícios no começo, com o tempo, se tornará cada vez mais prazeroso ver seu dinheiro sobrar para ser reinvestido.

Investimentos impulsivos

Hoje em dia, com as ferramentas de home broker, é fácil ser seduzido por ganhos altos e no curto prazo. Embora muitos investidores sejam bem sucedidos com day trader, só alcançaram sucesso com muitas horas de estudo e experiência de mercado financeiro. Seja cuidadoso e estratégico na hora de empregar seu dinheiro em um novo investimento.

Medo de errar

Embora o mercado financeiro possa ser muito lucrativo, nem sempre os investidores acertam o tempo todo. Homens experientes e com inteligência financeira já erraram algumas vezes, principalmente quando falamos de investimentos mais agressivos. No início, se permita cometer erros. Reserva uma quantia pequena de dinheiro para “treinar” movimentos dentro do mercado, isto te fará mais seguro e experiente. Há erros que ensinam mais do que acertos.

Resumindo

No Brasil, a educação financeira dos filhos ainda é novidade para muitas pessoas. Muitos brasileiros ainda utilizam apenas a poupança para alocar seus recursos financeiros. Isto se deve ao prolongado período de descontrole inflacionário que, na época, devido à alta da taxa Selic, era mesmo uma saída razoável.

Mas com os juros e a inflação sob controle, os brasileiros se veem em um cenário em que é necessário mudar de postura sobre estratégias de investimos. É hora de assumir a responsabilidade pela própria trajetória financeira, se educar e passar este conhecimento à diante. A educação financeira dos filhos sempre começará pela educação financeira dos próprios pais. Mas você não precisa fazer isso sozinho. Aproveite nossas dicas e conteúdos e inicie esta jornada agora mesmo.

Dicas de Leitura:

Pai Rico e Pai Pobre – Kiyosaki Robert.

Os segredos da mente milionária: aprenda a enriquecer mudando seus conceitos sobre dinheiro e adotando os hábitos das pessoas bem-sucedidas. – T. H. Eker.

Quem Pensa Enriquece – Napoleon Hill

O Homem Mais Rico da Babilônia – George Clason.

Gostou desse artigo? Quer saber mais sobre educação financeira infatil? Então aproveite esse mês dedicado as crianças e confira nossos outros artigos sobre aqui!