Os reajustes para este ano incluem aumento de 8% em salários e verbas e reajustes de 10% nos vales, e de 13% na parcela adicional da PLR. O pacote também inclui abono de R$ 1.000 na forma de uma 14ª cesta alimentação.
A convenção de trabalho da categoria também passa a incluir cláusulas de regulamentação do regime de teletrabalho. Haverá ajuda de custo de R$ 1.036,80 anuais, pagos à vista ou em 12 parcelas mensais, para funcionários que trabalhem de forma totalmente remota. Há garantia de reajuste do valor pelo INPC no ano que vem.
A proposta também prevê controle de jornada, direito à desconexão, fornecimento de equipamentos para o teletrabalho e orientações para exames periódicos. A cláusula prevê prioridade para o regime para trabalhadores com filhos de até 4 anos de idade, ou que sejam pessoas com deficiência.
Os bancários também incluíram cláusulas relacionadas ao combate ao assédio sexual, como a criação de canais de denúncia específicos, medidas de apoio às vítimas e a realização de campanhas preventivas e de combate.
A presidente do sindicato, Ivone Silva, considerou acertada a aprovação da proposta pelos bancários. “Com isso, vamos fechar um acordo de dois anos que, além de vantajoso economicamente, mantém, até 31 de agosto de 2024, todos os direitos previstos anteriormente na nossa CCT, além de incluir avanços como uma nova cláusula que regulamenta o teletrabalho, e cláusulas para avançarmos no combate ao assédio sexual e moral”, disse ela em nota.
Cerca de 18 mil funcionários do setor votaram na assembleia, e 74% aprovaram a proposta. Os funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) também aprovaram os respectivos acordos aditivos. A data-base dos bancários é setembro.
No ano passado, a categoria obteve reajuste de 10,97%.