“A empresa âncora contrata o crédito direto com o BNDES e atua como repassadora de recursos para as micro, pequenas e médias empresas de sua cadeia (ancoradas), porém sem auferir lucros ou se remunerar pelo risco, o que lhes confere acesso a um crédito com taxa de juros mais atrativa”, explica o BNDES, em nota divulgada nesta quarta-feira.
O valor mínimo de cada operação com as empresas âncoras é de R$ 20 milhões, mas não há limites para o financiamento de cada fornecedor. A taxa do empréstimo é formado pela TLP (a taxa básica do BNDES, que acompanha as taxas dos títulos públicos) ou a Selic (a taxa básica de juros), mais uma taxa de remuneração de 1,1% ao ano e o “spread” de risco da empresa âncora. O prazo máximo é de 60 meses, com até 24 meses de carência. Empresas de um mesmo grupo não podem ser âncora e ancoradas.
“Sem restrição quanto ao setor elegível e considerando a sua natureza de capital de giro, o BNDES Crédito Cadeias Produtivas se mostra interessante, tanto para os setores que já vislumbram uma retomada econômica e precisam investir, quanto para os que se defrontam com o alongamento dos efeitos da pandemia e passam por restrição de liquidez, evitando, assim, tanto eventuais gargalos no crescimento da cadeia nos períodos de retomada quanto o risco de desmantelamento dos elos menores nos períodos de crise”, diz a nota do BNDES.
Quando foi lançada como medida emergencial ainda no início da pandemia, a linha de crédito tinha orçamento de R$ 2 bilhões. Desde então, foram fechadas quatro operações. Segundo o BNDES, até março de 2022, essas operações desembolsaram R$ 203 milhões, repassados para 157 ancoradas, cumprindo o “efeito multiplicador” da medida.