O índice Dow Jones fechou com ganho de 0,10%, aos 34.798,00 pontos; o S&P 500 subiu 0,15%, para 4.455,48 pontos; e o Nasdaq recuou 0,03%, aos 15.047,70 pontos. Na semana, houve alta de 0,62%, 0,51% e 0,02%, respectivamente, interrompendo uma sequência de duas semanas de perdas acumuladas.
A crise da Evergrande não terá uma solução rápida e a incerteza continuará a pesar sobre os mercados, avalia Edward Moya, analista da Oanda, acrescentando que no caso do Nasdaq, a alta dos rendimentos dos Treasuries é outro fator a limitar a performance do índice. Ainda assim, ele avalia que Wall Street termina a semana com uma nota suave, depois da postura do Fed, que sinalizou que investidores devem estar preparados para ter um estímulo muito menor no futuro. Hoje, a presidente da distrital de Cleveland, Loretta Mester, afirmou que as compras de ativos já “não funcionam como antes”, enquanto a chefe do Fed de Kansas City, Esther George, afirmou que as condições para o tapering já foram alcançadas.
Além disso, há as restrições da cadeia de suprimentos e os problemas de escassez de mão de obra que “não parecem melhorar”, diz Moya, acrescentando que os resultados apresentados pela Nike ontem deram uma prévia do que poderia ser uma temporada de balanços difícil. O guidance para vendas em 2021 foi cortado devido às paralisações de produção no Vietnã e à medida que os atrasos nas remessas se tornaram um problema crescente para os varejistas. Como resultado, as ações da empresa caíram 6,17% hoje.
Entre os setores, a LPL Markets destaca as ações de energia, que foram vendidas no início do verão no hemisfério norte, continuaram subindo à medida que as preocupações aumentavam sobre o fornecimento mundial menor do que o esperado. Já outros setores cíclicos, incluindo o industrial e, especialmente, o financeiro tiveram desempenho superior ao do S&P 500 na semana, com a economia continuando a mostrar sinais de expansão, apesar da variante delta do vírus.