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Bradesco fecha 1º trimestre com lucro líquido de R$ 6,821 bi

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Estadão Conteúdos

O Bradesco fechou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido recorrente de

R$ 6,821 bilhões, um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A expansão das margens do banco, em especial com clientes, e das receitas com serviços levaram à alta do lucro. Na comparação com o quarto trimestre de 2021, o resultado do banco subiu 3,1%.

Em base anual, o banco viu sua margem financeira subir 9,5%, para R$ 17,061 bilhões. O indicador mede os ganhos da instituição com operações que rendem juros. A alta foi puxada pelas margens com clientes, que subiram 19,6% no período.

Segundo o banco, a alta das margens está associada à elevação do spread, que mede a diferença entre o custo de captação e os juros ganhos nos empréstimos. A margem total do banco, que mede o spread, subiu de 9,1%, índice registrado tanto em março quanto em dezembro do ano passado, para 9,7% no primeiro trimestre deste ano.

“O crescimento dos ativos continua contribuindo com a evolução da margem, com destaque para financiamento de veículos, cartão de crédito, crédito pessoal, conta garantida e capital de giro, além da alteração do mix de produtos”, afirma o Bradesco em seu informe de resultados.

Na margem com mercado, que reflete o resultado da tesouraria, o Bradesco teve forte queda de 47,2%, para R$ 1,243 bilhão. O resultado foi provocado pelos efeitos do aumento do CDI (puxado pela Selic) sobre as estratégias de gestão de ativos. O banco destaca, porém, que houve melhor resultado com capital de giro próprio e em outras estratégias da tesouraria.

De acordo com o presidente do banco, Octavio de Lazari Jr, os resultados do Bradesco foram positivos diante de um cenário global mais desafiador. “Estamos satisfeitos com as entregas deste primeiro trimestre. O mundo é outro, está em transformação, e, nesse contexto, são intensas as mudanças globais na política monetária, no câmbio e na inflação. Isso gera volatilidade”, disse ele, em nota à imprensa.

Lazari afirmou que o conglomerado está focado na escala, no investimento em tecnologia, na inovação e em um rigoroso controle dos orçamentos. Em março, a carteira de crédito expandida do Bradesco estava em R$ 834,451 bilhões, um aumento de 18,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, e de 2,7% na comparação com o período de três meses encerrado em dezembro de 2021.

Segundo o informe de resultados do banco, a originação média diária em 12 meses cresceu 26%, graças ao bom desempenho das operações com pessoas jurídicas. Ao todo, 32% dos R$ 75 bilhões em créditos liberados pelo banco no trimestre foram concedidos via canais digitais, alta de 44% em um ano.

No final do primeiro trimestre deste ano, os ativos do conglomerado somavam R$ 1,724 trilhão, um aumento de 37% em base anual, e de 1,7% em termos trimestrais.

O patrimônio líquido do Bradesco era de R$ 151,099 bilhões em março, variação positiva de 4,8% em 12 meses, e de 2,7% em três. Com isso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco fechou o primeiro trimestre deste ano em 18%, baixa de 0,7 ponto porcentual em um ano, mas alta de 0,5 p.p. em três meses.