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Comece a semana bem informado(a) – 20/03/2023

Por
Marcel Lima e Thiago Goulart

Expectativa de manutenção do juro em 13,75%

Segundo matéria do jornal Valor Econômico, os economistas do mercado financeiro mantêm suas projeções para a taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 13,75% ao ano.

Embora os últimos 45 dias tenham sido de turbulência no setor bancário global e com temores de crise de crédito no Brasil, as expectativas inflacionárias desancoradas e a continuidade das incertezas econômicas domésticas levaram o mercado a manter suas projeções para a Selic inalteradas.

A mediana das expectativas indica que o ciclo de cortes na taxa de juros deve ter início em setembro. Embora o mercado de juros tenha exibido uma queda nas taxas futuras nas últimas semanas, os economistas do mercado financeiro mantêm suas projeções.

A aposta em uma antecipação da redução da Selic tem se mostrado mais forte, especialmente nos preços dos ativos financeiros, mas não tanto nas expectativas dos economistas de mercado. Alguns economistas, porém, já trabalham em seus cenários com a possibilidade de uma flexibilização mais intensa e mais cedo do que o consenso de mercado indica.

China mantém taxa de juro

O Banco do Povo da China manteve as taxas básicas de juros (LPRs) na fixação de março, conforme esperado. A LPR de um ano permaneceu em 3,65% ao ano e a LPR de cinco anos ficou em 4,3% ao ano. A última vez que o PBoC mexeu nos juros básicos foi em agosto de 2022, quando baixou a LPR de um ano em 5 pontos-base.

O presidente do PBoC, Yi Gang, acredita que o nível atual da taxa de juros é apropriado e que há espaço para reduzir a taxa de compulsório dos bancos (RRR) para liberar fundos de longo prazo para as instituições.

O banco central da China reduziu o RRR em 0,25 ponto percentual para apoiar mais a recuperação econômica do país.

A “batalha” global dos juros

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o estrategista de renda fixa da BlackRock disse que o Brasil não é o único país com juros elevados e que pode atrair investimentos globais por meio de “carry trade”.

Ele destaca que os investidores devem considerar a combinação do retorno potencial com os fundamentos. Souza ainda afirma que as taxas elevadas apresentam oportunidades atraentes para os investidores, mas não vão permanecer altas por muito tempo. A preferência dos investidores em um período de ajuste é por títulos do governo que pagam retornos generosos sem adição de risco.

Ele ainda explica que o aumento das taxas de juros pelos bancos centrais de todo o mundo, incluindo o Brasil, pode afetar os emissores no mercado de crédito, tornando o acesso ao crédito mais caro e, consequentemente, reduzindo a demanda e diminuindo as pressões inflacionárias.

Aumento de liquidez em dólares

O Banco Central dos Estados Unidos, juntamente com outros cinco bancos centrais, anunciou uma ação coordenada para aumentar o fornecimento de liquidez por meio de acordos de linha de swap de dólar do Fed.

Essa medida foi tomada logo após um acordo negociado pelas autoridades suíças para evitar o colapso desordenado do banco rival suíço Credit Suisse e sinaliza a profunda preocupação dos banqueiros centrais com a recente turbulência no sistema financeiro em ambos os lados do Atlântico.

As operações com vencimento em sete dias passarão a ser diárias e começarão na segunda-feira, continuando pelo menos até o fim de abril.

Warren Buffett na crise dos bancos

O bilionário investidor Warren Buffett entrou em contato com altos funcionários do governo dos Estados Unidos para discutir a crise bancária que ocorre no país. Não está claro qual papel Buffett desempenhará para ajudar a resolver a crise, mas ele tem uma longa história de intervir para ajudar bancos em dificuldades.

Representantes da Berkshire Hathaway e da Casa Branca ainda não se manifestaram sobre o assunto. A equipe de Biden está buscando medidas de proteção que não envolvam gastos governamentais diretos dos contribuintes, e os grandes bancos já depositaram voluntariamente US$ 30 bilhões para estabilizar o First Republic Bank.

Novas regras para fundos de investimento

As novas regras dos fundos de investimentos começarão a valer a partir do dia 3 de abril no Brasil. Essas regras beneficiam os pequenos investidores, permitindo que eles acessem produtos antes destinados a milionários e, também, possibilitando mais transparência e proteção.

A padronização dos documentos dos fundos permitirá que os investidores possam comparar facilmente os produtos e compreender melhor os riscos que correm. Além disso, as novas regras permitem que os fundos invistam diretamente em criptoativos; também criam fundos socioambientais; e determinam a divulgação das informações desses produtos.

As taxas de administração, gestão e distribuição do fundo também serão esclarecidas para os pequenos investidores. Outra alteração importante é a limitação da responsabilidade do investidor, caso o fundo sofra perdas em valor superior ao seu patrimônio, e a abertura de fundos antes restritos aos milionários.

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