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Dólar cai com exterior ameno e vendas no varejo no radar

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Estadão Conteúdos

O dólar opera em baixa no mercado doméstico, acompanhando a desvalorização no exterior ante algumas divisas emergentes pares do real, como peso mexicano, peso chileno, rublo e rand sul africano nesta manhã de quinta-feira. Os investidores ajustam posições de olho ainda na queda das vendas no varejo no País em setembro piores que as medianas esperadas pelo mercado, mas dentro dos intervalos das projeções.

As vendas do comércio varejista caíram 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, ante mediana das apostas dos analistas de -0,6% e dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,0% a alta de 1,3%. Na comparação com setembro de 2020, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,5% em setembro de 2021. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 6,4% a 1,5%, com mediana negativa de 4,0%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 3,8% no ano e alta de 3,9% em 12 meses.

No exterior, há comentários de que a China pode vir a relaxar sua política para o setor imobiliário. Além disso, a incorporadora chinesa Evergrande fez uma série de pagamentos de bônus de última hora, a fim de evitar um default, o que favorece o avanço dos índices futuros de Nova York e das bolsas europeias também, apesar dos dados piores que o esperado de crescimento do PIB e da produção industrial no Reino Unido, que enfraquecem a libra frente o dólar.

Contudo, a divisa americana sobe também frente a seus pares principais e grande parte das outras divisas emergentes ligadas a commodities, diante da leitura do mercado de que a inflação forte nos EUA poderia levar o Fed a acelerar o encerramento de seu programa de compra de títulos e aumentar os juros em meados de 2022. A inflação ao consumidor (CPI) americano subiu 0,9% em outubro na margem – ritmo mais acentuado em três décadas – e o seu núcleo avançou 0,6%, ambos acima das previsões.

É possível que a liquidez seja afetada pelo fechamento hoje do mercado de Treasuries nos EUA por causa do feriado pelo Dia dos Veteranos no país.

Mais cedo, o Banco Central informou, por meio de nota, a saída do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, ao fim do seu mandato, no dia 31 de dezembro deste ano. Pela lei de autonomia do BC, o período poderia ser renovado por mais um ciclo. Para substituir Kanczuk, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicou o economista Diogo Abry Guillen, economista-chefe da Itaú Asset Management e professor vinculado ao Insper. Guillen é bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia por Princeton University. Ele ainda terá de ser sabatinado no Senado.

Às 9h35 desta quinta, o dólar à vista recuava 0,97%, a R$ 5,4470. O dólar para dezembro caía 0,83%, a R$ 5,4640.