Mas a desvalorização do real destaca-se entre as moedas emergentes em cenário de queda do petróleo e após dados mistos da economia norte-americana divulgados mais cedo.
O analista de câmbio, Elson Gusmão, da corretora Ourominas, avalia que há desconforto fiscal com o novo adiamento da votação da PEC dos Precatórios e também certo mal-estar com a decisão do Copom, que se diz atento às pressões inflacionarias e ao risco fiscal em seu comunicado, promovendo um aperto um pouco maior, porém, insuficiente para conter a escalada inflacionária, e ainda mantendo o Banco Central atrás da curva de juros do mercado.
Para Gusmão, a percepção é de que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tenta agradar ao mercado, sem estressar a ala política e o presidente Jair Bolsonaro, que têm interesses em disputar a reeleição no ano que vem.
“O BC poderia de ter surpreendido o mercado com um aumento maior, que teria mais efeito no controle da inflação, mas preferiu fazer o que o mercado já esperava e precificava, evitando críticas e desgaste ao Copom dentro do governo”, avalia a fonte.