A previsão do mercado, na média das estimativas de cinco casas de análise (BTG Pactual, Itaú BBA, JP Morgan, Santander e XP Investimentos) consultadas pelo Prévias Broadcast, a empresa teria lucro líquido de R$ 1,645 bilhão no período.
Contudo, o resultado trimestral foi impactado por uma redução de R$ 1,941 bilhão nas receitas de transmissão e pelo aumento de R$ 1,041 bilhão nas despesas financeiras, principalmente devido aos encargos da dívida com a incorporação da Santo Antônio Energia. Provisões operacionais e encargos também afetaram o resultado, segundo a empresa.
A receita operacional líquida da companhia atingiu R$ 8,033 bilhões no período, 13% inferior ao mesmo intervalo de 2021. A receita com geração de energia totalizou R$ 6,754 bilhões no período, alta de 17,5%, enquanto a receita de transmissão caiu 39,9%, para R$ 2,924 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado somou R$ 3,197 bilhões no trimestre, queda de 36% ante igual período do ano anterior. O Ebtida recorrente, que exclui custos e provisões de ativos e planos, caiu 54%, para R$ 2,419 bilhões.
De julho a setembro, a empresa investiu R$ 990 milhões, redução de 3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os custos e despesas operacionais totais da Eletrobras somaram R$ 7,377 bilhões no terceiro trimestre, queda de 31% na comparação com o mesmo período do ano passado.
No fim de setembro, a dívida líquida ajustada da Eletrobras era de R$ 33,522 bilhões, 75% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior, substancialmente afetada pela dívida da Santo Antônio Energia, de aproximadamente R$ 19,8 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda recorrente, alcançou 1,8 vez no trimestre, ante 0,9 vez em igual período do ano passado.