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Globais: dólar fica misto ante rivais, após recorde de 5 anos contra iene

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Estadão Conteúdos

O dólar ficou sem sinal único ante suas principais rivais nesta sessão. Ainda assim, ficou no maior nível em cinco anos ante o iene, em meio ao maior apetite por risco dos mercados. A libra se fortaleceu com dados do Reino Unido, enquanto a lira turca recuou ante o dólar.

O índice DXY, que mede a divisa americana frente um cesto de moedas, subiu 0,05%, a 96,262 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 116,13 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1285 e a libra tinha alta para US$ 1,3528.

No início da manhã, a moeda japonesa recuou frente à americana com menor sentimento de cautela nos mercados.Ao superar os 115,89 ienes, o dólar ficou no maior nível desde janeiro de 2017. Em análise, a Sucden Financial observa que, além do firme apetite por risco, com resultado positivo do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) chinês, o juro da T-note de 10 anos acima de 1,5% também impulsionou o dólar.

Ao longo da sessão, o DXY operou com certa volatilidade: subia à espera de dados, mas virou para o negativo com o PMI industrial dos Estados Unidos tendo registrado recuo maior do que o previsto. Enquanto o relatório Jolts mostrou menor abertura de postos de trabalho em novembro nos EUA.

A libra foi às máximas ante o dólar após o PMI industrial do Reino Unido, que registrou queda menor do que a esperada. A Capital Economics observa, porém, que os resultados mais recentes dos PMIs pelo mundo trouxeram poucas informações sobre os reflexos da mais nova variante do coronavírus.

Já a divisa europeia cedeu ante o dólar. “O euro não parece conseguir ultrapassar os fundamentos econômicos menos favoráveis do bloco em comparação com uma economia dos EUA em constante recuperação”, pontua Joe Manimbo, analista da Western Union.

Entre emergentes, a lira turca reverteu os ganhos sobre o dólar da sessão anterior. Apesar da promessa do presidente turco de superar a volatilidade cambial e a alta inflação doméstica, a moeda não conseguiu se sustentar.

Em uma projeção para 2022, o Morgan Stanley diz esperar que o dólar canadense tenha a melhor performance entre os grupos das moedas G10 e o australiano, a pior. A divergência se dá como reflexo da perspectiva para as políticas monetárias e preços das commodities nos dois casos, dizem analistas. Além dos avanços da covid-19 em ambos os países, qualquer outro fator que impulsione o dólar americano deve pesar sobre a relação AUD/CAD, diz o banco.