“A queda de quase 3 pontos do IIE-Br em outubro reflete uma acomodação da incerteza em patamar elevado após a alta de quase 15 no mês anterior. O resultado reflete a continuidade da melhora do cenário sanitário, com o avanço da vacinação e da flexibilização das medidas de restrição à mobilidade, além de um ligeiro abrandamento das tensões no ambiente político. Estes fatores, no entanto, ainda podem voltar a pressionar o IIE-Br, adicionado a temas como a inflação elevada, risco de crise energética e impasse em relação ao cenário fiscal. Com tudo isso no radar dos agentes econômicos nos próximos meses, o indicador deve se manter por algum tempo distante da média (já elevada) de 115 pontos observada entre 2015-2019”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 4,2 pontos, para 128,4 pontos, contribuindo com -3,7 pontos para o IIE-Br mês. O componente de Expectativas subiu 4,8 pontos, para 129,8 pontos, contribuindo com 1,1 ponto para o índice de outubro.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.