A estimativa para o IPCA de 2022 cedeu de 7,11% para 7,02%, já a projeção para 2023, foco principal da política monetária, avançou de 5,36% para 5,38%. Considerando somente as 69 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 7,10% para 6,95% e a de 2023 foi de 5,37% para 5,34%.
As medianas divulgadas na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.
Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 voltou a avançar, de 3,30% para 3,41%, contra 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%. A meta para os dois anos é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação maior para o IPCA de agosto, de -0,15% para -0,19%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de alta de 0,13%.
Para setembro, a projeção de alta do IPCA no Focus passou de 0,50% para 0,48% ante 0,49% há quatro semanas. Para o índice de outubro, a estimativa de aumento continuou em 0,54%, mesmo porcentual de um mês antes.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses acelerou, de alta de 5,69% para 5,71% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,24%.