No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 113,90 ienes, o euro recuava a US$ 1,1446 e a libra tinha alta a US$ 1,3421. Depois de ter alcançado seu pico em 15 meses, o índice DXY, que mede a força da divisa americana contra um cesto de seis rivais, caiu 0,05%, a 95,128 pontos. Na semana, o ganho acumulado foi de 0,96%.
Analista da Capital Economics, Jonas Goltermman afirma que, embora acredite que as expectativas de investidores sobre elevação de juros pelo Fed estão um pouco altas demais, o risco de que os dirigentes se sintam forçados a responder às pressões inflacionárias está crescendo. As posições dos investidores agora estão “claramente” a favor do dólar, diz Goltermman, deixando-o mais vulnerável a mudanças no sentimento. “E no longo prazo, de alguma forma está supervalorizado”.
Já Joseph Marlow, da mesma consultoria britânica, observa que todas as moedas do G10, que concentra dez das moedas mais competitivas do mundo, perderam forças ante o dólar. Já as emergentes ficaram mistas. O analista prevê que o iene está vulnerável a maiores avanços dos juros dos Treasuries e observa que as questões do Brexit entre Reino Unido e União Europeia apresentam incertezas para a libra.
O índice DXY perdeu força nesta sexta diante de dados dos EUA. O relatório Jolts mostrou criação de empregos estável no país em setembro, enquanto a Universidade de Michigan informou piora no sentimento do consumidor.
Na zona do euro, a Eurostat apontou que a produção industrial caiu 0,2% em setembro ante agosto. Apesar do resultado melhor do que o esperado pelo mercado, analista da Western Union, Joe Manimbo, afirma que o dado adicionou tração às quedas do euro. O índice se soma aos sinais recentes de que o crescimento da região perdeu força, diz o analista. “Um cenário econômico mais fraco, entretanto, apenas reforça a postura de política dovish do Banco Central Europeu, que contrasta com o viés mais hawkish do Fed, um fator contrário importante para a moeda única”.