O DXY recuou 0,04% nesta sexta, a 96,117 pontos, mas avançou 0,03% no acumulado da semana. No fim da tarde em Nova York, o euro apreciava a US$ 1,1306, enquanto a libra recuava a US$ 1,3230 e o dólar cedia a 112,78 ienes.
Antes fortalecido em meio à cautela pela disseminação da variante Ômicron do coronavírus, o dólar perdeu força após o payroll de novembro mostrar criação de empregos bem abaixo do esperado nos Estados Unidos. A leitura inicial foi a de que o indicador poderia fazer com que o Fed deixasse de lado a ideia de acelerar o processo de retirada dos estímulos monetário.
O mercado, porém, abandonou essa leitura à medida que analistas avaliaram que o payroll fraco não reduz as chances de que o Fed eleve o ritmo de seu tapering. Entre eles, a Capital Economics destaca que o cenário amplo ainda aponta para pressões inflacionárias fortes nos EUA, e esse deve ser o foco do Fed para a sua reunião de dezembro, que ocorre entre os dias 14 e 15.
A consultoria estima que a volatilidade no mercado cambial se dá em resposta ao movimento recente nos juros dos Treasuries, com aceleração da ponta curta e queda nos rendimentos longos, em especial após a mudança do Fed para uma postura hawkish e crescentes temores pela variante Ômicron nesta semana. O comportamento fluído no câmbio deve se manter até o fim de 2021, prevê a Capital.
Além do payroll, investidores acompanharam a divulgação de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) dos EUA. A leitura de novembro do IHS Markit mostrou queda no setor de serviços, enquanto a do Instituto para Gestão da Oferta (ISM) registrou avanço no mês. Já os PMIs do setor no Reino Unido, Alemanha e zona do euro tiveram desempenhos abaixo do esperado, embora apenas o britânico tenha recuado.
Entre emergentes, o dólar registrou avanço ante a maioria das moedas. A lira turca chegou a reverter as perdas mais cedo, após intervenção do BC da Turquia no câmbio. Ao fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 13,7282 liras.