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Não há risco relevante para estabilidade financeira, diz BC no REF do 1º semestre

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Estadão Conteúdos

O Banco Central (BC) afirmou que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tem evoluído de acordo com o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) e que as análises realizadas pelo órgão indicam que não há risco relevante para a estabilidade financeira. As avaliações estão no Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre de 2022, divulgado nesta quinta-feira, 3, pelo Banco Central (BC).

“Testes de estresse de capital demonstram que o sistema bancário possui adequada resiliência. O SFN mantém provisões adequadas ao nível de perdas esperadas, e capitalização e liquidez confortáveis”, disse o BC, no documento.

O Índice de Basileia do SFN atingiu 16,1% em junho de 2022, ante uma taxa de 16,5% verificada em dezembro do ano passado. O Índice de Basileia é um conceito internacional, definido pelo Comitê de Basileia, que estabelece uma relação mínima entre o Patrimônio de Referência (PR) e os ativos ponderados pelo Risco (RWA) dos bancos.

No Brasil, o índice a ser obedecido é de 8%. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, a instituição precisa ter R$ 8,00, levando-se em consideração o nível mínimo regulatório.

ROE

O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 15,1% em 12 meses até junho de 2022, a mesma taxa registrada em dezembro do ano passado, segundo dados do Relatório de Estabilidade Financeira (REF), agora divulgados.

De acordo com o BC, os resultados do sistema bancário devem continuar resilientes, embora existam incertezas relativas ao cenário econômico no médio prazo.

“O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 15%, estável em relação ao nível observado ao final de 2021. O crescimento do NII (em especial do resultado de juros de tesouraria) e ganhos de eficiência explicam a sustentação dos resultados”, informou o REF.

Segundo o BC, a rentabilidade do sistema bancário deve se manter resiliente, mas o cenário econômico marcado por condições financeiras restritivas e inflação elevada, exigem atenção por parte das instituições.

A autoridade monetária ainda alertou que uma eventual piora da atividade econômica e deterioração da qualidade do crédito podem afetar os resultados dos bancos à frente.