Do inglês Initial Public Offering, IPO é quando uma empresa emite ações para o público pela primeira vez. Conhecido no Brasil como “Oferta Pública Inicial”, as empresas que antes não tinham seu capital negociado na Bolsa brasileira, antiga Bovespa, agora B3, eram chamadas de empresas com capital fechado. Como consequência, essas empresas tinham um número limitado de acionistas, além de não precisavam prestar “contas” à sociedade e não estavam tão acessíveis ao investidor.
Por que as empresas abrem capital?
A resposta é: na maioria das vezes para financiar seu crescimento. Empresas que estão em fase de crescimento e precisam de capital com mais frequência, usam o IPO como ferramenta para levantar esse capital, especialmente em períodos em que o mercado está em alta ou com viés de alta. Há também em alguns momentos que a empresa ao abrir capital, oferece liquidez aos sócios que estejam querendo sair da companhia. Sendo assim, permite que eles possam vender suas posições na empresa para o mercado ao realizar a oferta.
Existem dois tipos de IPO’s
• Oferta Primária: Ocorre quando a emissão de novas ações é realizada e os recursos capitados da oferta vão para a própria empresa. Na maioria das vezes, esses recursos são usados para financiar novos investimentos ou aquisições.
• Oferta Secundária: Ocorre quando são ofertadas ações já existentes e os recursos captados vão para os acionistas que estão se desfazendo de suas participações. Neste caso, o dinheiro não vai para empresa, mas sim para aqueles que estão liquidando suas posições na companhia.
Vantagens e desvantagens em relação aos IPO’s
Vantagens
• O IPO serve como uma maneira de levantar o capital necessário para financiar o rápido crescimento de uma companhia, aumentando seu poder de expansão e desenvolvimento de novos projetos.
• O IPO traz maior visibilidade, projeção e exposição ao público, que levam um aumento de reconhecimento e prestígio da empresa, o que pode facilitar as vendas e aumentar os lucros da mesma.
• Há oportunidade de atrair melhores profissionais, podendo variar a remuneração destes, com a possibilidade de retorno na abertura de capital ou com ações.
• Empresas listadas geralmente possuem uma reputação mais vantajosa com os bancos, o que lhes permite captar recursos com taxas de juros mais acessíveis.
Desvantagens
• A empresa é obrigada a divulgar informações sobre o negócio ao público, como as financeiras, contábeis e tributárias, demandando empenho, tempo e dinheiro.
• O IPO é um processo caro, que necessita auxílio de alguma instituição financeira, como bancos de investimento.
• Durante o processo de IPO, os acionistas são diluídos, o que pode acarretar na perda de controle da empresa (um pouco mais difícil de acontecer, uma vez que calculam o quanto vai ficar nas mãos dos sócios que tocam a empresa e quanto irá para o “free-float” que é o mercado.
Para você investidor, compensa entrar em todos os IPO’s?
É preciso ter cautela antes de tudo. Como já dito anteriormente, as ofertas públicas acontecem de forma muito maior quando o mercado está otimista e, quando isso acontece, as pessoas tendem a esquecer de se perguntar:
“Será que isto que estou comprando não está caro ou acima daquilo do que realmente vale?”
Isso faz com que os preços das ações caiam e os investidores que pagaram pela euforia do mercado, acabem se decepcionando pela queda nos preços.
Não quer dizer que não valha a pena. Pelo contrário! O objetivo é fazer com que o investidor pense de forma sensata e cautelosa. IPO’s já se mostraram excelentes, mas também fiascos. É necessário que, antes de investir em algum IPO, se faça uma análise da empresa, procure informações sobre a mesma e, caso não tenha tempo, contate algum assessor financeiro ou escritório de investimento.
Procure informações antes de agir. Fique sempre com a seguinte frase na cabeça: “Um IPO é como uma transação negociada, o vendedor escolhe quando vir a público (a empresa) e é pouco provável que o momento seja favorável a você, investidor” (Warren Buffet).
Por isso cautela.