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Quando é a próxima reunião do Copom? Confira a agenda do comitê para 2022

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O mercado financeiro brasileiro conta com muitas instituições com a atribuição de manter o seu equilíbrio. Entre elas está o Copom, um órgão vinculado ao Banco Central do Brasil (BC). Ele é responsável por decisões que impactam a política monetária de todo o país.

As deliberações acontecem durante cada reunião do Copom. Elas são realizadas periodicamente. Nesse sentido, é importante saber qual é a função da instituição no mercado, as suas responsabilidades e a agenda dos encontros.

Quer conhecer mais sobre esse o Copom e as datas das suas reuniões em 2022? Continue a leitura para conferir!

O que é o Copom?

O Copom — Comitê de Política Monetária — é um órgão que, como você viu, está vinculado ao Banco Central. O comitê é formado por presidente e diretores, que analisam o cenário econômico do país para deliberar sobre as políticas monetárias a serem adotadas.

Uma de suas principais funções é decidir as alterações na taxa média que é cobrada em negociações que envolvem os títulos públicos federais. Elas são registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que é também o nome da taxa básica de juros da economia brasileira.

A partir dessas definições, o Copom busca equilibrar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o principal indicador da inflação no país. O objetivo é usar a Selic para atender a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Como funciona a reunião do Copom?

Um dos momentos mais importantes do Copom é a sua reunião periódica. Ela acontece a cada 45 dias e costuma ter dois dias de duração. Nessa ocasião, os membros assistem às apresentações técnicas a respeito do cenário econômico do Brasil e do mundo, e as perspectivas para o futuro.

Os participantes também avaliam o comportamento dos mercados e a liquidez. Todos esses dados são importantes para fundamentar as discussões e as decisões do Copom. A reunião é registrada em uma ata, que é divulgada na internet junto às determinações do grupo.

Quando a meta da Selic é definida pelo Copom, o Banco Central passa a realizar operações diárias no mercado aberto para manter a taxa próxima do que foi estabelecido. Assim, o BC pode comprar ou vender títulos para manter esse equilíbrio.

Quais são os fatores que influenciam as decisões do órgão?

Você já entendeu que o Copom realiza as alterações na taxa Selic — e que esse movimento influencia toda a economia nacional. Mas também é importante saber quais são os fatores que levam o comitê a decidir subir ou baixar essa taxa.

Essa decisão tem como base uma série de análises do cenário financeiro. Afinal, ela tem um papel importante na manutenção do equilíbrio econômico. Como vimos, um dos principais aspectos considerados é a estabilidade da inflação em um bom nível.

Quando o IPCA está muito alto, por exemplo, pode ser um sinal de economia muito aquecida, e o órgão tende a elevar a taxa Selic. Como resultado, o crédito fica mais caro e a inflação se encaminha para uma queda.

Já se o objetivo é aquecer a economia, o Copom pode baixar a Selic e facilitar o acesso ao crédito. Cabe destacar que todas as decisões têm impactos positivos e negativos no cenário nacional, o que demanda uma análise muito cuidadosa para manter a eficiência do sistema financeiro.

Quando é a próxima reunião do Copom?

O calendário de reuniões do Copom em 2022 já foi definido e divulgado. Estão marcadas oito reuniões nesse ano, nas quais serão tomadas decisões fundamentais para a economia do Brasil.

Quer saber quando será a próxima reunião do Copom? Confira a agenda de encontros em 2022:

  • 1 e 2 de fevereiro;
  • 15 e 16 de março;
  • 3 e 4 de maio;
  • 14 e 15 de junho;
  • 2 e 3 de agosto;
  • 20 e 21 de setembro;
  • 25 e 26 de outubro;
  • 6 e 7 de dezembro.

Por que é importante acompanhar as reuniões do Copom?

Como você viu, o Copom tem o poder de influenciar indicadores econômicos essenciais, como a taxa Selic e o IPCA. Esses indicadores afetam as suas finanças de diversas formas, sendo importante acompanhar as reuniões para saber como se posicionar diante do cenário.

Conheça os impactos!

Taxas das linhas de crédito

A taxa Selic é um valor de referência para os bancos definirem os juros a serem cobrados pelas linhas de crédito. Assim, quando a taxa de juros estiver elevada, é importante redobrar a atenção na hora de solicitar empréstimos e financiamento, já que eles ficam mais caros.

Investimentos em renda fixa

A taxa Selic e o IPCA afetam mais diretamente os títulos da renda fixa, pois muitas aplicações dessa classe estão atreladas ao desempenho desses indicadores. Da mesma forma, há investimentos que acompanham o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é próximo à Selic.

Assim, os títulos atrelados à Selic tendem a apresentar um rendimento mais elevado quando a taxa está em alta e mais baixo quando a taxa está em patamares inferiores. Já aqueles atrelados ao IPCA também têm relação com essa taxa, considerando que ela é utilizada para controle da inflação.

Investimentos em renda variável

Ainda que indiretamente, os indicadores econômicos regulados pelo Copom também afetam os investimentos da renda variável. Isso porque eles podem impactar no interesse dos investidores por essa classe.

Nesse sentido, é relevante mencionar que os ativos desse grupo oferecem maior potencial de rentabilidade, mas também contam com mais exposição aos riscos.

Desse modo, quando os investimentos da renda fixa são impulsionados pela taxa de juros alta, a procura por ativos da renda variável pode ser menor. Por outro lado, se a Selic estiver baixa, o interesse em alternativas com maior potencial de ganhos é favorecido.

Cabe destacar também que muitos investimentos de renda variável dependem do desempenho das empresas que emitem seus ativos. Assim, a movimentação da economia interfere nos resultados dessas alternativas — e vale a pena se atentar a essa dinâmica.

Como você viu, cada reunião do Copom está diretamente ligada à definição da política monetária do Brasil, impactando toda a economia do país. Portanto, é relevante entender como esse órgão funciona e de que forma ele afeta as suas finanças e os seus investimentos.

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