No trimestre móvel encerrado em outubro deste ano, a alta do indicador foi de 6,5%, na margem. A queda de registros de inadimplentes passou de -8,1% para -6,5% em 2021 e de -15,0% para -10,9% no acumulado em 12 meses.
“Essa tendência é condizente com o cenário atual, de comprometimento da renda e inflação elevados, sem novas postergações e com auxílios até aqui menos substantivos”, explica a Boa Vista em nota.
O indicador de Recuperação de Crédito, por sua vez, avançou 5,2% em relação a setembro e 7,1% na comparação com outubro de 2020. O trimestre móvel, porém, encerrou em queda de 3,2%, e o acumulado em 12 meses desacelerou de 1,5% para 1,1%, com aceleração de 3,0% para 3,5% no avanço deste ano.
“Apesar da variação positiva no mês, o cenário atual pesa sobre o orçamento das famílias, impedindo uma melhora sustentável, num momento em que os juros estão subindo e o endividamento é elevado”, acrescenta a Boa Vista.
Diante dos dados do mercado de trabalho, com certo recuo no desemprego, mas aumento da informalidade, a tendência de alta na taxa de inadimplência das famílias com recursos livres pode ganhar mais força nas próximas leituras do Banco Central. Em setembro, a variação passou de 4,15% para 4,25%.