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SLC Agrícola tem prejuízo líquido de R$ 78,35 milhões no 3º trimestre

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Estadão Conteúdos

A SLC Agrícola obteve prejuízo líquido consolidado de R$ 78,35 milhões no terceiro trimestre de 2022, informou a companhia na sexta-feira, depois do fechamento do mercado. Em igual período do ano passado, a empresa havia registrado lucro de R$ 113,75 milhões. A SLC atribuiu o resultado ao reconhecimento da variação e realização do valor dos ativos biológicos, reflexo da queda de produtividade do algodão e milho, e ao aumento da despesa financeira líquida.

A receita líquida aumentou 43,8% no terceiro trimestre, para R$ 1,35 bilhão. A alta da receita refletiu maior volume faturado de algodão e soja e incremento do preço unitário faturado para todas as culturas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 377,76 milhões, crescimento de 14,3% na comparação anual, com margem Ebitda ajustado de 27,9%, ante 35,1% um ano antes. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado passou de 1,42 vez no fim de 2021 para 1,02 vez no terceiro trimestre de 2022.

“O terceiro trimestre foi marcado pela volatilidade nos preços das commodities e nos insumos agrícolas. Novas ofensivas no conflito entre Rússia e Ucrânia, aumento de juros e inflação mundial e riscos de desaceleração da economia global”, disse a empresa no documento de divulgação dos resultados.

A companhia disse que já comprou 100% dos insumos para a safra 2022/23, “finalizando as compras com um bom patamar de custo”. “A nossa estratégia de aguardar a acomodação dos preços do início do ano para a compra do restante dos insumos se mostrou acertada, uma vez que a relação de troca entre o preço dos insumos e os preços das commodities melhorou no segundo semestre”, disse a SLC. Os custos por hectare orçados para a safra 2022/23 apresentam aumento médio em reais de 20,2% em relação ao orçado na safra 2021/22.

Safra 2022/23

A SLC Agrícola informou que a área plantada para a safra 2022/23 deve ser de 667.885 hectares, redução de 0,6% ante o ciclo anterior. Segundo a empresa, ela reflete a queda da área de algumas culturas e o término do contrato de arrendamento de 7 mil hectares da Fazenda Guapirama. “Estas reduções foram parcialmente compensadas pela entrada de novas áreas em produção, que estavam em processo de transformação, oriundas do banco de terras da companhia”, disse a SLC.

A área plantada de algodão deve cair 3,3%, para 171.114 hectares. O plantio de soja deve aumentar 4,4%, para 349.716 hectares. A área plantada de milho de segunda safra deve crescer 6,7%, para 129.830 hectares.

A SLC prevê produtividade 3% maior no algodão primeira safra, para 1.927 quilos por hectare, e 1,9% maior na pluma semeada em segunda safra, para 1.839 quilos por hectare. O rendimento da soja deve crescer 4,1%, para 3.918 quilos por hectare, enquanto o do milho de segunda safra deve aumentar 0,4%, para 7.685 quilos por hectare.