Mas a situação anterior à pandemia e a extensão do impulso às compras online experimentadas variam entre os países, aponta. Muitas economias desenvolvidas já tinham níveis relativamente altos de compras on-line (acima de 50% dos usuários de internet) antes, enquanto a maioria dos países em desenvolvimento tinha uma menor aceitação do comércio eletrônico pelos consumidores, indica a UNCTAD.
Uma razão para as diferenças é que os países diferem muito em sua extensão de digitalização e, portanto, em sua capacidade de se voltar rapidamente para as tecnologias digitais para mitigar a disrupção econômica, aponta o estuado. Os países menos desenvolvidos precisam especialmente de apoio para adotar o comércio eletrônico, mas não estão representados nesta análise devido à falta de dados sobre o uso de internet, afirma a UNCTAD.
Estatísticas oficiais disponíveis para sete países que juntos representam cerca de metade do PIB global (incluindo Estados Unidos e China), indicam que as vendas no varejo online aumentaram substancialmente nesses países, de cerca de US$ 2 trilhões em 2019, imediatamente antes da pandemia, para cerca de US$ 2,5 trilhões em 2020 e US$ 2,9 trilhões em 2021, aponta.
A mudança para as compras on-line fortaleceu ainda mais a já forte concentração de mercado de negócios de varejo, e Alibaba, Amazon, JD.com e Pinduoduo aumentaram suas receitas em 70% entre 2019 e 2021, enquanto sua participação no total de vendas entre as 13 maiores plataformas aumentou de cerca de 75% em 2018 e 2019 para mais de 80% em 2020 e 2021, afirma a UNCTAD.