“A segunda queda consecutiva da confiança dos empresários da construção reflete um final de ano com cenário mais desafiador para empresas”, afirma a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota. “A atividade perdeu força em novembro, embora ainda predomine a percepção de crescimento.
A contração do ICST em novembro foi puxada pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que caiu 1,6 ponto, para 98,7 pontos, abaixo do nível neutro de 100 pontos. Nas aberturas, o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 2,3 pontos, enquanto o indicador de demanda prevista recuou 1,0 ponto, para 100,8 pontos.
“A alta das taxas de juros, uma inflação mais disseminada e custos crescentes minam as expectativas de continuidade da tendência de melhora nos negócios”, avalia Ana Maria Castelo.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST), na outra ponta, ficou estável em novembro, aos 92,0 pontos. O comportamento foi influenciado por variações opostas dos indicadores de situação atual dos negócios, com alta de 1,0 ponto, a 91,8 pontos, e de carteira de contratos, que caiu 1,0 ponto, a 92,4 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Construção avançou 1,7 ponto porcentual em novembro, a 77,3%. A FGV apurou aumento da utilização de capacidade tanto na abertura de Mão de Obra (76,9% para 78,6%), quanto no subíndice de Máquinas e Equipamentos (68,3% para 70,1%).
Custos
De acordo com a FGV, 45,7% das empresas consultadas apontaram intenção de elevar seus preços nos próximos meses, diante do aumento do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) em 2021. Apenas 1,9% indicam diminuição dos preços.