Ao rejeitar o acordo no total de R$ 6 milhões, os diretores da CVM contrariaram parecer do Comitê de Termo de Compromisso, que sugeriu a aceitação da proposta.
No processo em questão, os irmãos Batista são acusados de “abuso do direito de voto, por votarem, indiretamente, na aprovação das próprias contas”. A acusação teve origem numa reclamação encaminhada à CVM. O abuso do direito de voto teria ocorrido na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da JBS de 28 de abril de 2017. A reclamação chegou à CVM em junho daquele ano.
Conforme o parecer do Comitê de Termo de Compromisso, no processo sancionador, a área técnica da CVM propôs “a responsabilização de Wesley Batista, na qualidade de acionista, vice-presidente do Conselho de Administração e diretor presidente da companhia, e Joesley Batista, na qualidade de acionista e presidente do Conselho de Administração da Companhia, pelo descumprimento, em tese, do disposto no ?1º do art. 115 da Lei nº 6.404/76, ao votarem, indiretamente, na aprovação das próprias contas”.
Ainda segundo o parecer, os irmãos Batista fizeram a proposta, de acordo com a CVM, após serem intimados no processo administrativo. Inicialmente, ofereceram R$ 1,5 milhão, cada, para encerrar o caso. O Comitê de Termo de Compromisso negociou com os empresários e propôs o aumento do valor, para o dobro. Em uma reunião em 3 de fevereiro deste ano, os executivos aceitaram o aumento do valor, somando o total de R$ 6 milhões.