Os índices foram criados para serem uma bussola de desempenho para os ativos da bolsa de valores pelo mundo. No Brasil, um desses índices de mercado, que está ganhando relevância entre os investidores, é o IFIX.

Assim sendo, saber como funciona o IFIX é importante entre investidores, especialmente por aqueles que investem em fundos de investimento imobiliários (FIIS).

Acompanhe nesse artigo o que é esse índice, como ele funciona e como está o cenário no ano, referente a sua rentabilidade.

O que é o IFIX?

O IFIX é a sigla para Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários. Esse índice representa o desempenho e a performance média dos principais fundos de investimentos imobiliários (FIIs) negociados na bolsa brasileira, a B3.

Desde 2011 o IFIX traz o retorno total dos FIIs da bolsa. Portanto ele não demonstra apenas a variação de preços dos fundos, mas também leva em conta as distribuições de proventos realizadas durante esses 11 anos de sua existência.

A divulgação do IFIX é essencial para que os investidores possam acompanhar a rentabilidade dos fundos imobiliários. Com isso, é capaz de comparar, tendo como exemplo, a performance desses ativos ante o desempenho das ações da bolsa, refletido pelo índice Bovespa, o Ibovespa

Como funciona o IFIX?

Para calcular o IFIX, alguns critérios devem ser seguidos e são fundamentais para o cálculo, que são parte de qualquer tipo de índice. Com isso, há o critério de inclusão, que seleciona quais FIIs entrarão para o cálculo do índice. E o critério de ponderação, que determina o peso de cada fundo dentro desse índice.

Quais são os tipos de FIIs disponíveis?

Os fundos imobiliários se diferenciam entre si pelos tipos de alocação que realizam. Na prática, existem três tipos principais, que são:

• fundos de tijolo: investem a maior parte dos recursos em imóveis físicos, como galpões logísticos, parques industriais, centros comerciais, escritórios corporativos e mais;
• fundos de papel: alocam a maioria do dinheiro em títulos e certificados ligados ao mercado de imóveis, como letras de crédito imobiliário (LCI), certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e letras hipotecárias (LH);
• fundos de fundos: priorizam a aquisição de cotas de outros FIIs disponíveis, fazendo com que os investidores participem indiretamente de diversos fundos.

Critério de inclusão do IFIX

Critérios são necessários para que um fundo de investimento imobiliário possa ser incluído no índice IFIX, pois é necessário que ele cumpra alguns critérios que são estabelecidos pela B3. E, com isso, sejam selecionados para fazer parte do índice. Abaixo mostramos quais são.

• Ter presença e ser negociado em 60% dos pregões no período de vigência das três carteiras anteriores do índice;
• Não ser classificado como “penny stock”, isto é, não ter preço unitário da cota abaixo de 1 real;
• Estar classificado entre os ativos elegíveis que durantes as últimas 3 carteiras representem 99% do somatório dos indicadores do Índice de negociação, em ordem decrescente.

Então, na possibilidade de um FII disponível para o investidor na bolsa não cumprir os critérios acima, o seu desempenho não fará parte do cálculo do IFIX.

Por esse fato, como pode ser observado, os critérios de inclusão desse índice são amplos.

Critério de ponderação do IFIX

O critério de ponderação do IFIX basicamente se dá pelo peso de cada um dos fundos imobiliários. E, com isso, essa fiscalização é realizada pelo valor de mercado de cada fundo.

Ou seja, quanto maior for o valor de mercado do fundo, maior será sua importância dentro do índice. Então, existe uma regulamentação de que a participação de um fundo no IFIX não pode ser superior a 20% do índice.

Qual foi a rentabilidade histórica do IFIX?

Veja a rentabilidade do IFIX, desde sua criação em 2011 o IFIX tem tido rentabilidades diferentes nesses 11 anos, o pico de seu crescimento foi em 2019, iniciando o ano com 2.379 e terminando o ano em 3.198. Em 2020 o gráfico sobe ainda mais tendo seu pico em 06/01/20 com 3.250. Veja abaixo.

Fonte: Infomoney

Qual fundo imobiliário escolher?

Além de usar esse e outros indicadores, é preciso que você conheça seu perfil de investidor para saber qual é a sua tolerância ao risco. Também é necessário considerar os objetivos financeiros, que são relevantes na hora de saber o que analisar no FII.

Aumentar seus conhecimentos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e os setores econômicos específicos também pode ajudar. Assim, você saberá analisar as informações em busca de conclusões.

Ao fazer a avaliação dos indicadores, é possível usar valores de referência, no que é conhecido como benchmark. Desse modo, há a chance de visualizar o FII em questão e seu desempenho de modo contextualizado.

Conclusão

Como você pôde perceber o IFIX é uma base para você ter mais certeza se deve ou não entrar com seus ativos nesse mercado, o fundo imobiliário deve ser analisado com critério. Além disso, é interessante adotar outros indicadores, de modo a tomar uma decisão orientada e com maiores chances de sucesso.

Por fim, se você quiser conhecer qual o fundo imobiliário que pagou um dos melhores dividendos desse semestre leia nesse artigo.