O índice fechou em baixa de 0,19%, aos 93,558 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,1653, a libra avançava a US$ 1,3831 e o dólar recuava a 114,28 ienes.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro acelerou para alta anual de 3,4% em setembro, enquanto a inflação ao produtor na Alemanha marcou avanço de 14,2% no mesmo período. Segundo a Pantheon Macroeconomics, o núcleo do CPI do bloco monetário deve ter atingido seu pico, mas a inflação na região segue forte, puxada pelos preços do setor de energia.
No noticiário europeu, investidores também acompanharam a renuncio ao cargo de presidente do Bundesbank (o BC alemão) por Jens Weidmann, que também deixará em dezembro sua posição no Banco Central Europeu (BCE). Weidmann, cuja renúncia foi lamentada pela presidente do BCE, Christine Lagarde, é um dos poucos dirigentes da entidade de orientação hawkish.
No Reino Unido, foi divulgado o CPI de setembro, cuja alta mostrou desaceleração ante a variação de agosto. A inflação no país, porém, tem potencial para subir mais por conta da alta de commodities, e mesmo a leitura menor no mês passado já deve ser suficiente para fazer com que o BoE eleve os juros em 15 pontos-base em novembro, segundo avalia o Wells Fargo.
“Nossa previsão para o aperto monetário do BoE é mais gradual do que o previsto atualmente pelos participantes do mercado. Como resultado, a libra pode enfrentar alguma desvantagem por enquanto, e também pode haver algum risco de baixa moderado em nossa previsão de apreciação da moeda britânica ante o dólar no médio prazo”, estima o banco americano, em relatório a clientes.
Nos EUA, investidores observaram a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve (Fed), que mostra um sumário de opiniões de empresários sobre a economia nos 12 distritos do BC americano. O documento relatou escassez de oferta no mercado de trabalho, pressões nos preços e maiores incertezas na perspectiva para algumas regiões.
Comentários do vice-presidente para Supervisão do Fed, Randal Quarles, também foram monitorados. Ele disse que apoia o início da retirada de estímulos no mês que vem, e que monitora quanto a agenda fiscal do governo Biden pode afetar a inflação no país, que segundo ele tem caráter transitório, mas não necessariamente deve durar pouco tempo.
Além das moedas pares, o dólar se desvalorizou fortemente ante divisas de países cujas economias dependem da exportação de commodities, após o petróleo e a maioria dos metais básicos fecharem com ganhos nos mercados futuros de Nova York e Londres. No horário citado, o dólar recuava a 1,2321 dólares canadenses, e a 14,3952 rands sul-africanos.