2022 já está batendo à nossa porta. O mês de outubro foi extremamente desafiador para os investidores da Bolsa brasileira. No acumulado do mês, o Ibovespa saiu negativo (-6,74%), em pleno contraste aos índices americanos que estão renovando suas máximas uma atrás da outra. O trio de ataque segue marcando gols de placa: S&P 500 (+6,91%), Dow Jones (+5,84%) e Nasdaq  (+7,27%). A pedra já está cantada: olhar para ativos internacionais nunca faz tanto sentido ao termo surrado no mercado financeiro, diversificação.

Aqui, nesta Carta, resolvemos nos antecipar ao clichê do mês de dezembro, quando soam os sininhos, multiplicam-se as mensagens de esperança e a música da Simone impregna os ambientes natalinos. Por isso, nossa primeira reflexão gira em torno da palavra tempo. Não necessariamente o tempo de esperança, mas o quão relevante o tempo simboliza coisas práticas aos investidores, assessores de investimento, planejadores financeiros etc.

Vale a pena tirar um pouco do seu tempo – sem ambiguidade -, para refletir sobre as diversas dimensões do tempo e sua relação com a vida humana, crenças, valores, família, aposentadoria, dinheiro e planejamento financeiro.

A palavra tempo tem muitas acepções. Ao surgir no século 13, o termo nos foi legado com o conceito de duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Já na física, tempo é a dimensão que permite identificar dois eventos que, caso contrário, seriam idênticos e que ocorrem no mesmo ponto do espaço. Na música, é uma unidade abstrata a partir da qual se estabelecem as relações rítmicas, a pulsação. Chronos, deus do tempo, era a personificação do tempo eterno e imortal.

Se aliarmos ao tempo, o termo dinheiro é possível identificar características comuns: ambos são recursos finito, escasso e não renovável. Quando alçamos o tema para o mercado financeiro, costuma-se transformar quase tudo o que ouvimos em números, dados, prazos, estratégias. O tempo, nesse aspecto, adquire forma numérica e cronológica, quando, na verdade, o termo tempo é singular, pois falamos de vida.

Continue a leitura… | Quanto tempo você tem?

Indicadores do mês de Outubro

. Ibovespa: -6,74%
. S&P 500: +6,91%
. Dow Jones: +5,84%
. Nasdaq: +7,27%
. Dólar Comercial: +3,68%
. CDI: +0,52%
. Fundos Imobiliários (IFIX): -1,47%
. Gráfico de barras Poupança: +0,45%

Rentabilidade de ativos globais 3T2021

Os retornos desse último trimestre que fechou reforçam a importância da diversificação. O ponto interessante é que, nesse terceiro trimestre, os ativos contemplados no gráfico o oposto do trimestre anterior. É muito difícil prever qual será a melhor classe de ativos no futuro e, por isso, é importante ter uma carteira diversificada com exposição a diferentes temas como alavanca para bons resultados.

Resumo da 1ª semana (29/10 a 05/11) de Novembro

Ibovespa: 1,4% | 104.824 pontos

A semana foi marcada por grandes acontecimentos no mercado nacional e internacional, com os índices americanos superando novas altas históricas, enquanto o Ibovespa chegou a atingir o menor nível do ano. No entanto, ainda assim terminou a semana com ganhos acumulados de +1,4% aos 104.824 pontos impulsionado pelo relatório de empregos dos EUA que veio melhor do que esperado e a notícia de testes bem sucedidos de um medicamento oral contra a Covid-19 desenvolvido pela Pfizer.

Veja algumas notícias de destaque (10/11):

Relator da PEC dos precatórios no Senado fala em aprovação até 2 de dezembro

Dirigente do Fed considera ‘prematuro’ acelerar ritmo do tapering nos EUA

Evergrande deixou de pagar US$ 148 mi em juros de títulos que venciam em 10/11

Reunimos o time da mesa de Renda Variável da Valor Investimentos para fazer um pequeno overview dos próximos dias da Bolsa brasileira.

O mês de outubro foi difícil e é de se esperar para este mês mais volatilidade. Apesar do S&P ter renovado suas máximas, a bolsa brasileira pode permanecer negociando abaixo dos 110 mil pontos, ou seja, mesmo patamar de novembro 2020.

Este cenário reforça que:

1. Expor-se apenas em Bolsa Brasileira aumenta o risco da carteira. Daí ser necessário olhar para os ativos internacionais. Tanto no curto, quanto no longo prazos essa diversificação tem sido cada vez mais saudável;
2. No Brasil, a imprevisibilidade dos movimentos de curto prazo sobre os quais estamos passando têm acontecido com grande frequência. Dessa forma, quando se trata de Bolsa, correções dessa magnitude no meio do caminho são relativamente normais;
3. O Macro pode continuar conturbado, pressionando os ativos brasileiros. Enquanto isso, as empresas continuam reportando excelentes resultados na temporada recente, aumentando a distorção da relação P/L.

Leia também | Assessoria de investimentos: conheça a Valor Investimentos

O que esperar do mercado no mês de novembro?

O time de assessores e especialistas em investimentos da Valor participaram do painel Panorama Mensal de Investimentos. Visão de mercado do mês anterior e as projeções do mês seguinte são as pautas do bate-papo.

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 Leituras recomendadas

Veja os artigos que selecionamos e as contribuições do nosso time de colunistas:

Nelson Magalhães | Um investidor, um lutador e um dos maiores tenistas do mundo

Bruno Hamú |  As Vantagens de ter um Assessor de Investimentos com a Certificação CFP®

Thiago Goulart | Planejamento e investimentos: como se organizar para viajar pelo mundo?

Camila Barbosa | Com a expectativa de alta da Selic, onde investir em renda fixa?

Marcos Parisi | Quais os melhores investimentos para gerar renda passiva?

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