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Correção: Petróleo fecha em alta; mercado passa a cogitar barril a US$ 100

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Estadão Conteúdos

A nota publicada anteriormente continha incorreções no título e no texto. No título, o correto é que o mercado passou a cogitar o preço de US$ 100 para o barril. No texto, houve erro na cotação do barril WTI. O fechamento teve um avanço de 2,26% (US$ 2,04), a US$ 92,31, e não 0,24% (US$ 0,21), a US$ 86,82. Segue a versão correta do texto e do título:

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 4, encerrando uma semana de ganhos para o barril, e na qual especula-se a possibilidade da commodity atingir o nível dos US$ 100. Tensões geopolíticas, com destaque para as disputas entre Rússia e Ucrânia, e uma série de problemas na produção de importantes exportadores africanos colocam maior pressão na oferta em um cenário no qual a demanda permanece aquecida.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março avançou 2,26% (US$ 2,04), a US$ 92,31 , subindo 6,32% na comparação semanal. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mês seguinte teve alta de 2,37% (US$ 2,16) nesta sexta, e de 5,37% na semana, a US$ 93,27.

Para a Rystad Energy, uma alta à casa de US$ 100 por barril do petróleo no mercado futuro “não pode ser descartada”, uma vez que fatores que aumentam a demanda e pressionam a oferta se somam. De acordo com a consultoria, há ainda um movimento de investidores abandonando “ações tradicionais” do setor de tecnologia para aumentar posições em commodities menos voláteis. A forte alta nesta sexta coloca a commodity nos seus maiores valores em sete anos, de acordo com a Rystad.

Entre os fatores que puxam o movimento, a consultoria cita tempestades de inverno nos EUA que aumentam a demanda por combustível para aquecimento, além de ameaças à oferta global, como a fraca perspectiva de produção no Iraque e na Rússia, as tensões geopolíticas na Europa e uma explosão em um campo de petróleo na Nigéria.

Na visão da Capital Economics, com poucos dados importantes para serem divulgados na próxima semana, a atenção nos mercados estará em qualquer aumento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Se resultarem no estrangulamento do fornecimento de energia da Rússia para o resto do mundo, isso poderia exacerbar um mercado já subabastecido e levar a um novo aumento nos preços, avalia.

Já a produção diária de petróleo do Sudão do Sul caiu pelo menos 8%, comprometida por alagamentos e transtornos causados pela pandemia de covid-19. O ministro de Finanças do país, Agak Lual, informou nesta sexta-feira que a produção doméstica de petróleo caiu de 170 mil barris por dia (bpd) para 156 mil bpd, após empresas locais reduzirem suas operações. Nos EUA, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade subiu 2 na última semana, a 497, informou nesta sexta a Baker Hughes.