Ao decidir torna-se um investidor qualificado, você irá escolher quais serão os investimentos que irá fazer, sejam eles renda fixa, renda variável ou fundos de investimento.
Porém, apenas escolher um investimento não atesta que realmente o investidor é qualificado, para isso é necessário analisar outros pontos.
Normalmente, para atestar essa qualificação analisamos diretamente quais os riscos que está disposto a passar para ter uma rentabilidade maior em sua carteira. Explicamos mais logo abaixo.
Como se tornar um investidor qualificado?
Em 2021 a CVM lançou um estudo que propõe flexibilizar as regulações nos mercados de securitização, private equity e na definição de investidor qualificado.
O fato desse estudo ter sido pensado foi o crescimento expressivo no número de pequenos investidores que começaram a fazer aportes em valores mobiliários (ações, fundos de investimento, etc..) A própria B3, informou que o número de contas ativas de pessoas físicas na Bolsa aumentou de 620 mil em dezembro/2017 e 3,2 milhão em dezembro/2020 para 5 milhões de contas em janeiro de 2022.
Para demonstrar de forma mais concreta, abaixo você pode verificar o quadro do portfólio atual dos investidores brasileiros (por tipo).
Diante disso, a CVM pensa em mudar da quantia de 1 milhão que hoje é o valor em investimentos para 627 mil. O estudo ainda está em debate, e ainda não foi definido essa mudança.
Quem são os investidores qualificados e onde eles investem?
São considerados investidores qualificados os: clubes de investimentos, analistas e consultores de valores mobiliários ou pessoas que tenham sido aprovados em exames específicos.
Porém, talvez você não se encaixe nesses perfis acima citados. Nesse caso, existem outras opções para qualificar as pessoas físicas que investem acima de 1 milhão. Os investidores de varejo.
Na tabela abaixo você pode verificar como que cada um dos 3 perfis, podem investir.
Então, pode ser classificado nesta categoria toda pessoa física comum que acumule um capital aportado de até 1 milhão de reais.
É bom lembrar que as pessoas que não obtiverem R$ 1 milhão aplicados, podem se tornar investidoras qualificadas ao conseguir a certificação necessária que comprove que você possuí os conhecimentos necessários do mercado.
Quais as certificações que preciso tirar?
Certificado CGA (gestores de recursos de terceiros)
Ao conquistar esse certificado, o profissional está habilitado para atuar diretamente na gestão de recursos de terceiros em fundos de investimento, ações e muito mais. É requisitado para profissionais que tomam decisões de compra e venda de ativos de carteiras. Para ter o certificado, é necessário realizar uma prova com cerca de 45 questões e duas horas de duração. O exame exige 70% de acertos.
Certificado CEA (assessores de investimento)
Certificado destinado para os profissionais que atuam na indicação de produtos para consumidores, ou seja, assessores de investimento. É necessário a realização de uma prova com cerca de 70 questões.
Certificado CFP (planejadores financeiros)
Certificado internacional para profissionais que vão atuar como planejadores financeiros pessoais. Para obter a certificação, é necessária a realização da prova com cerca de 100 questões.
Certificados CNPI (analistas de investimentos)
Esse certificado é promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec). Necessário para analistas de investimentos que trabalham no mercado de capitais.
Esses certificados são emitidos e as provas realizadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Pode ser necessário pagar uma taxa para fazer o exame e apresentar diploma de graduação reconhecido pelo MEC.
Quais são as vantagens de ser um investidor qualificado?
Você dever se perguntar qual a principal vantagem de ser classificado como um investidor qualificado? A resposta é simples, está na facilidade de ter livre circulação a diferentes produtos financeiros (e muitas vezes exclusivos). Dando permissão de investimento a oportunidades de rentabilidades superiores aos investimentos comuns e na montagem de carteiras diversificadas e lucrativas.
Por fim, se tornar um investidor qualificado é mais do que estar na frente de outros investidores, é na verdade ser um agente de informação que oriente as pessoas a serem mais assertivas nos seus investimentos e a pensarem no seu futuro com mais cuidado, afinal, investir é para todos que pensam em ter uma vida melhor.
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