As commodities são consideradas mercadorias primárias produzidas em grande escala que fornecem matéria-prima para diferentes setores. Os principais tipos são: agrícola, pecuária, mineral e ambiental.
Na economia brasileira e mundial as commodities tem um papel fundamental na balança comercial. Recentemente a Secretária do Comercio Exterior (Secex) do Ministério da Economia informou o superávit de US$ 2,51 bilhões nas duas primeiras semanas de julho de 2022.
Assim sendo, as exportações de trigo e centeio, frutas e nozes oleaginosas, frescas ou secas, representaram 15,75% de alta. Diante disso, podemos afirmar que investir em empresas do ramo de commodities é um ótimo negócio.
Conheça as 3 melhores formas de investir nesse ramo da nossa economia, e proteger seu patrimônio com investimentos conservadores e lucrativos. Acompanhe!
O que são commodities?
As commodities são aqueles produtos vendidos com pouca ou nenhuma transformação, como a exportação do trigo sem ser moído ou o cacau in natura. Também estão inclusos aqueles que podem ser produzidos e estocados em grande escala sem perder qualidade.
Da mesma forma, algumas outras características podem ser observadas para definir as commodities, como:
- produto com relevância mundial;
- alto nível de comercialização;
- pouca industrialização;
- qualidade padronizada;
- sem diferenças entre marcas.
Quais os principais tipos de commodities?
Apesar de muitos produtos se encaixarem nas características apresentadas, as principais commodities negociadas são:
- agrícolas: dizem respeito aos produtos vinculados ao agronegócio (por exemplo, café, milho, soja e açúcar);
- ambientais: bens relacionados ao meio ambiente, utilizados para produção agrícola e industrial (por exemplo, madeira, água e energia);
- minerais: referem-se aos recursos minerais que são extraídos ou produzidos (por exemplo, ouro, prata, alumínio e petróleo);
- financeiras: perfazem os títulos públicos e moedas estrangeiras (por exemplo, títulos do Tesouro, dólar e euro).
O Brasil é fonte de muitas das commodities. Por isso, diversas empresas listadas na bolsa possuem relação com esse setor. As mineradoras, siderúrgicas e empresas alimentícias estão entre as mais lucrativas no mercado brasileiro.
Além disso, como são produtos produzidos em larga escala e com grande variação de preços, as commodities acabam sendo vistas como investimento. E uma das formas de investir neste setor é por meio da aquisição de ações das empresas que atuam com commodities.
Como investir em commodities?
Na bolsa de valores brasileira (B3) existem diversas empresas de tecnologia, bancos e indústria para você escolher alocar seus investimentos.
No entanto, há um ramo que hoje no Brasil é um dos maiores setores para investir, que inclusive coloca o nosso país em uma posição líder no mundo: o agrícola. Um desses ramos do setor agrícola é o de café, recentemente saiu dados de que Minas Gerais é o maior produtor de café do mundo com 30 milhões de sacas por ano.
Portanto, isso gera uma oportunidade de lucro e investimento interno em mão de obra e como consequência mais empregos são gerados no campo e na indústria de inovação agrícola, principalmente em pesquisa.
Quer aprender mais sobre o agronegócio e como investir no setor? Leia em nosso artigo sobre o que é agronegócio?
Invista em empresas do ramo
O Brasil é fonte de muitas das commodities apresentadas. Por isso, diversas empresas listadas na bolsa possuem relação com esse setor. As mineradoras, siderúrgicas e empresas alimentícias estão entre as mais lucrativas no mercado brasileiro.
Ademais, como são produtos produzidos em larga escala e com grande variação de preços, as commodities acabam sendo vistas como investimento. E uma das formas de investir neste setor é por meio da aquisição de ações das empresas que atuam com commodities.
SLC Agrícola (SLCE3)
A SLC Agrícola S.A. é uma das maiores empresas de produção de soja, milho e algodão do mundo. Ela foi uma das primeiras companhias do setor agrícola a ter ações negociadas em bolsa de valores – o que a torna uma referência no seu segmento.
Sua criação se deu em 1977 pelo Grupo SLC (Schneider Logemann & Cia), a partir da aquisição de duas fazendas no Rio Grande do Sul, onde eram plantados soja, milho e trigo. O Grupo SLC atua no agronegócio há 70 anos e pertence a três famílias alemãs – entre elas a família Logemann.
Presente na B3 desde junho de 2007, a SLC Agrícola pode ser negociada pelo ticker SLCE3. Seu valor de mercado é superior aos R$ 9 bilhões (em abril de 2021), possuindo mais de 190 mil ações ordinárias emitidas, sendo que 53% delas pertencem à SLC Participações S.A.
O desempenho financeiro, no trimestre, apresentou excelente evolução, refletindo a produtividade, preços e custos da safra de soja 2021/22. O EBITDA Ajustado no período alcançou a marca recorde para o período de R$1,259 milhões, com crescimento de 176,5% e expansão de 15,2 p.p. em relação ao 1T21.
O Lucro Líquido teve um crescimento de 152,9%, finalizando o período em R$797 milhões, com margem líquida de 33,1%. O principal fator que contribuiu para a variação do EBITDA Ajustado e do Lucro Líquido foi a melhora de margens e o maior volume expedido de algodão e soja.
Outro indicador importante na performance do trimestre foi o caixa gerado de R$449,3 milhões, principalmente em decorrência do maior volume faturado no período. Essa variação contribui para a queda da relação dívida líquida/EBITDA Ajustado, que encerra o trimestre em 0,75 vezes, ou seja, a Companhia continua com nível de alavancagem baixa, o que propicia a manutenção do foco no plano de crescimento.
Minerva (BEEF3)
A Minerva Foods é uma das líderes na América do Sul no que se refere à produção e comercialização de carne in natura e seus derivados, assim como exportação de gado vivo. Além disso, ela atua no processamento de carnes.
Sua origem data o ano de 1924, em Barretos (SP). Durante a década de 1980, a empresa passou por dificuldades e faliu. Em 1992 a família Vilela de Queiroz adquiriu a massa falida da minerva e reestruturou a empresa. Ao longo de décadas, o negócio foi expandido a 9 estados brasileiros,
A Minerva abriu seu capital na B3 em julho de 2007, passando a ter ações negociadas pelo ticker BEEF3. Em 2021, contava com um valor de mercado em torno de R$ 1,7 bilhão, e mais de 500 mil ações ordinárias emitidas, sendo que 33% delas pertencem à empresa Salic (UK) Limited.
A companhia exporta seus produtos para mais de 100 países através de quinze escritórios comerciais. Fora isso, opera 14 centros de distribuição sendo 9 no Brasil, 1 no Paraguai, 1 na Colômbia, 2 no Chile e 1 na Argentina.
Camil (CAML3)
A Camil Alimentos S.A. é uma grande empresa de bens de consumo no setor de alimentos no Brasil e da América do Sul. Suas atividades incluem a industrialização, comercialização e distribuição de grãos (principalmente arroz e feijão), açúcar e pescados enlatados (sardinha e atum).
A empresa foi fundada em 1963, no Rio Grande do Sul. Em 1974 se torna pioneira no setor. Já no ano de 1987 passa a distribuir feijão. A partir de 1990, inicia um processo de aquisição de outras companhias, aumentando a variedade de produtos comercializados, expandindo seu negócio.
Em setembro de 2017 a Camil realizou a abertura seu capital na B3, sendo listada sob o ticker CAML3. Seu valor de mercado girava em torno de R$ 4 bilhões no primeiro semestre de 2021, e possuía 370 milhões de ações ordinárias emitidas, sendo que cerca de 62% delas pertenciam à Camil Investimentos S.A.
Fora isso, a Camil possui 28 unidades de processamento e 16 centros de distribuição na América do Sul. São 14 unidades no Brasil que atendem os segmentos de grãos (12), açúcar (1) e pescados (1). No exterior, a Camil possui 14 plantas para beneficiamento de grãos no Uruguai, no Chile e no Peru.
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