Análise e Opinião

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O que vinhos e investimentos têm em comum?

Por
Vanessa Corrêa

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Vinho e investimento podem ter muito mais em comum do que pensamos. Nesse artigo iremos pontuar algumas semelhanças entre esses dois temas tão presentes na vida dos brasileiros.

1-O efeito do tempo é muito importante
A maturação é um processo que pode ocorrer durante a elaboração de um vinho, entre os períodos de fermentação e envase da bebida. Nessa etapa o vinho descansa e cresce por um determinado tempo e o vinho se torna mais maduro e equilibrado. Isso porque, durante essa fase, a bebida pode passar por alterações de sabor, aroma e cor.
No mundo dos investimentos, o efeito do tempo também é muito benéfico. Os juros compostos, presente nos investimentos, causam um efeito chamado “bola de neve” nos retornos dos investimentos ao longo do tempo. Os efeitos são bastante significativos e ajudam a multiplicar o valor aportado inicialmente.

2-O clima influência seu resultado
Os aspectos climáticos como temperatura, luz solar, chuvas, amplitude térmica e altitude desempenham um papel crucial na produção de um bom vinho. Eles afetam diretamente o desenvolvimento das uvas influenciando a sua maturação, acidez, aromas, sabores e consistência.

Os aspectos climáticos estão para os vinhos assim como os indicadores e projeções econômicas estão para os investimentos. Se, para produzir um bom vinho, é preciso entender o clima da região, para realizar uma boa alocação de recursos é preciso acompanhar os indicadores e projeções econômicas como inflação, nível de desemprego, taxa de juros, consumo e PIB. Eles funcionam como guias para os investimentos.
Fatores externos como guerras, crises e pandemias também podem impactar a economia e, consequentemente, o resultado dos investimentos, fazendo com que eles fiquem mais ou menos rentáveis em um determinado período.

3-É preciso conhecer o solo
Para a produção de um vinho, é imprescindível que se tenha o solo ideal para um determinado clima para que a sua plantação seja estabelecida. Os sais minerais e material orgânico presentes no solo precisam ser conhecidos pois eles irão se transformar em nutrientes para a vegetação e darão a base para o crescimento das uvas.

Nos investimentos, o pilar fundamental que vai guiar todo o processo é o entendimento do perfil do investidor e o desenho dos objetivos que se deseja alcançar. As escolhas dos ativos precisam ser pautadas nas diretrizes pré-estabelecidas. Dessa forma, será mais fácil manter a disciplina e consistência para levar o plano até o resultado desejado e colher os frutos de uma plantação que foi estrategicamente estudada e elaborada.

4-A diversificação é fundamental
Existem vinhos secos, doces, suaves, brancos, tintos, diferentes tipos de uva, teor alcoólico, safras entre outras diversas características que tornam cada vinho único. O vinho pode ser escolhido de acordo com a ocasião, com seu gosto, ou para harmonizar com um certo tipo de prato. É até possível ter um preferido, ainda sim, provar novos rótulos proporciona novas experiencias e amplia suas percepções. Quando o assunto é vinho, diversificar pode ser uma excelente opção para extrair o melhor deles.

O mesmo vale para os investimentos. Provavelmente você já ouviu em investimentos que não se deve “colocar todos os ovos na mesma cesta”. Diversificar suas escolhas de investimentos te ajudam a maximizar o retorno e minimizar os riscos. Existem diversos tipos de ativos e uma combinação inteligente entre eles pode reduzir as oscilações e evitar grandes perdas.

 

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