Resultados da pesquisa por “liderança

Caminhoneiros: categoria está dividida entre paralisação e aumento no preço do frete, diz liderança

A ideia de uma possível paralisação dos caminhoneiros por causa do aumento do preço dos combustíveis, decretado na semana passada pela Petrobras, ainda divide a categoria. O caminhoneiro autônomo Wanderlei Loureira Alves, o “Dedeco”, disse em nota ao Broadcast Agro que “as divergências são muitas entre caminhoneiros e lideranças que são a favor de parar e os que são a favor de aumentar os fretes para suprir o aumento (dos combustíveis)”.

Diante da cisão, o caminhoneiro autônomo afirma que “não vai se envolver” mais. Ele também critica caminhoneiros autônomos que continuam defendendo o governo de Jair Bolsonaro e recomenda às empresas de transporte comprarem mais caminhões “e não cederem às pressões dos autônomos, já que eles defendem tanto este governo”.

Outra fonte do setor confirma que a categoria, de fato, “está muito polarizada”.


Liderança do governo pede para Senado adiar projetos dos combustíveis para terça

O governo pediu para o Senado adiar a votação dos projetos de lei relacionados ao preço dos combustíveis para a próxima terça-feira, 15. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que a votação ocorra hoje, mas admitiu o adiamento com a definição de um novo cronograma.

O pedido foi apresentado pelo senador Carlos Viana (MDB-MG), vice-líder do governo na Casa. O relator dos projetos, Jean Paul Prates (PT-RN), concordou com o adiamento.

Para Pacheco, o Senado precisa dar uma resposta. “Uma situação já muito ruim, se agravou consideravelmente com a guerra na Europa e nós precisamos dar essas respostas legislativas, não para resolver todo o problema, mas são iniciativas que nós não podemos deixar de tomar”, disse Pacheco.


Crise de liderança e populismo condenam País a baixo crescimento, dizem analistas

Mais do que uma crise econômica, o Brasil vive uma crise de liderança e caiu na armadilha do populismo que o condenou a anos de fraco desempenho econômico. A avaliação foi compartilhada nesta terça-feira por economistas de bancos e gestoras de recursos em debate promovido pela Brazilian-American Chamber of Commerce sobre os cenários político e econômico do País.

“A crise de liderança está no centro do problema. O Brasil viveu mais de 20 anos de regime militar e depois 40 anos lutando contra os fantasmas do regime militar”, comentou Drausio Giacomelli, chefe da equipe de pesquisas de mercados emergentes do Deutsche Bank Securities.

Na avaliação de Giacomelli, o Brasil precisa superar a divisão entre direita e esquerda para que a lógica de “ação e reação”, que se traduz na falta de progresso econômico, dê lugar a um país onde as políticas de governo fazem sentido. A vantagem do Brasil, considerou, é que sua população tem mais em comum do que o debate político possa sugerir.

Para Pedro Jobim, sócio fundador da gestora Legacy Capital, as dificuldades brasileiras não se limitam a problemas cíclicos ou que poderiam ser resolvidos apenas por reformas. Além de citar a instabilidade política que permeia quatro décadas de estagnação econômica, ele comentou que, salvo uma mudança inesperada de tendência, o Brasil caminha a uma escolha novamente populista nas eleições deste ano. A referência é aos dois candidatos que estão na frente das pesquisas de intenção de voto: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

“Existe algo mais profundo acontecendo aqui”, afirmou Jobim, para quem o país não consegue escapar da armadilha do populismo.

Ao colocar o seu argumento sob perspectiva histórica, o sócio da Legacy lembrou que entre 2003 e 2012 o Brasil conseguiu crescer ao redor de 3% e com inflação em declínio por conta de um ambiente no qual as metas fiscais eram observadas.

Já em ciclos de desorganização fiscal, como acontece neste momento, após as mudanças do arcabouço fiscal que abriram espaço a mais gastos públicos neste ano, as expectativas de inflação costumam piorar no Brasil, resultando em aumentos de juros que esfriam a atividade econômica. “Do ponto de vista de bem-estar da população, ainda estamos longe da situação da Venezuela, ou mesmo da Argentina, mas seguimos avançando devagar na direção correta pela perspectiva de longo prazo”, assinalou.


Casa Branca diz trabalhar junto a lideranças do Congresso para nominações do Fed

Diretor do Conselho Econômico Nacional, Brian Deese afirmou que a Casa Branca está trabalhando junto às lideranças do Congresso dos Estados Unidos para finalizar as nomeações para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Sem especificar datas, Deese disse estar confiante de que irão avançar na agenda e que os nomeados estarão “no lugar certo, no tempo certo”.

Questionado, o conselheiro da Casa Branca disse acreditar que a linha do tempo das nomeações do Fed não têm impacto sobre a inflação.

Ele destacou que expertise, julgamento independente e proximidade com questões com as quais o Fed está lidando foram pontos importantes para a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden. “O Fed precisa de independência para lidar com inflação”, frisou.


Presidente de Conselho Europeu defende soberania e prega liderança digital

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu nesta quarta-feira, 12, a necessidade da União Europeia buscar maior soberania, e apontou uma recuperação sustentável e as oportunidades para transformação digital como duas frentes prioritárias no tema. Em evento do Banco Europeu de Investimento, o dirigente afirmou: “Europa pode ser líder digital, depende apenas de nós”.

Segundo Michel, é necessário expandir a capacidade produtiva e aumentar a resiliência do bloco.

Outro tema destacado pelo líder foi a parceria com a África, que deve ser reforçada tendo em vista os interesses europeus em sua percepção, algo que espera ocorrer na Cúpula UE-União Africana, marcada para o próximo mês.


Samsung troca equipe de liderança e funde divisões de celulares e eletrônicos

A Samsung Electronics, em uma decisão inesperada, substituiu os chefes de suas três principais unidades de negócios e fundiu os negócios de celulares e de eletrônicos de consumo da empresa em uma única unidade.

As mudanças deixam dois co-CEOs no topo da maior fabricante mundial de smartphones, televisores e semicondutores. A Samsung tem planos ambiciosos de investimento para competir com a Taiwan Semiconductor Manufacturing na fabricação de chips avançados, enquanto se esforça para afastar os rivais chineses com telefones e outros aparelhos.

Kyung Kye-hyun, 58 anos, vai liderar o negócio de componentes da empresa, depois de ter sido CEO de outra afiliada da Samsung que fabrica outros tipos de peças de tecnologia. Han Jong-hee, 59, um veterano do negócio de TV da Samsung, comandará a unidade combinada de produtos eletrônicos para celulares e consumidores.

A combinação de celulares e de produtos eletrônicos de consumo reconhece como as fontes de lucros da empresa mudaram ao longo dos anos. No início dos anos 2000, as TVs de tela plana impulsionavam o desempenho, então os smartphones assumiram a dianteira dos negócios durante grande parte dos anos 2010. Os semicondutores estão gerando resultados agora.

A Samsung mudou para uma estrutura de CEOs múltiplos em 2013. Naquela época, a empresa sul-coreana estava envolvida em litígios de patentes com a Apple sobre smartphones, enquanto sua unidade de eletrônicos de consumo se tornava mais formidável.

Ao dividir a empresa em três unidades separadas, as unidades de telefones e eletrodomésticos da Samsung poderiam evitar um potencial conflito de interesses com seu negócio de componentes – que vendia peças para a Apple e outras rivais de eletrônicos, disseram analistas da indústria na época.

A gigante da tecnologia optou pela continuidade da liderança, enquanto seu líder de facto, Lee Jae-yong, estava atrás das grades por subornar o ex-presidente da Coreia do Sul. Mas Lee, neto de 53 anos do fundador da Samsung, foi libertado em liberdade condicional em agosto. Todas as decisões importantes exigem sua aprovação. Os apoiadores de Lee argumentaram que a Samsung estava em um estado de paralisia corporativa durante sua ausência.


Gestão de Estados deve ter liderança e continuidade, dizem economistas

A combinação de liderança do governador, com diagnóstico adequado sobre como conter gastos e ampliar receitas, equipe econômica tecnicamente preparada e continuidade nas políticas públicas faz a diferença para garantir boa gestão das contas dos Estados. E vale bater na tecla: o controle na despesa com o pagamento dos funcionários públicos, ativos e aposentados, é ponto central na boa gestão. A avaliação é dos economistas Guilherme Tinoco e Fábio Giambiagi, especialistas em contas públicas, que organizaram, ao lado de Victor Pina Dias, o recém-lançado livro O Destino dos Estados Brasileiros (ed. Lux). Os três organizadores do livro são economistas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A obra reúne artigos de diversos especialistas em finanças públicas, como Felipe Salto e Vilma da Conceição Pinto, da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, Gabriel Leal de Barros, economista-chefe da gestora RPS Capital e ex-diretor da IFI, Sérgio Gobetti, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e assessor econômico do governo do Rio Grande do Sul, Mauro Benevides, deputado federal (PDT-CE) e secretário de Estado de Planejamento e Gestão do Ceará, e Paulo Tafner, da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe).

Os textos discorrem sobre o quadro fiscal de 12 dos 27 Estados, escolhidos de forma a representar todo o tipo de situação – grandes e pequenos, com contas em dia e desequilibradas, contemplando todas as regiões do País.

ALÍVIO. Tanto Tinoco quanto Giambiagi consideram que o pior ficou para trás na crise fiscal dos Estados. De 2014, quando a economia brasileira entrou em recessão, a 2020, quando houve ajuda federal excepcional para os Estados enfrentarem a crise causada pela covid-19, 16 das 27 unidades da federação melhoraram seus indicadores de endividamento. De 2017, fim da recessão anterior à pandemia, a 2020, também houve uma melhora geral em termos do peso excessivo dos gastos com pessoal em relação às receitas.

“O objetivo principal do livro é mostrar ao cidadão que o ato de votar conta. Quando escolhemos bons governantes, a vida melhora. Quando escolhemos mal, a vida piora”, afirma Giambiagi, colunista do Estadão. Outro traço comum dos casos de sucesso é a atenção aos gastos com pessoal.

“É um tema batido, mas é a realidade. De 60% a 70% das despesas dos Estados são com pessoal, entre ativos e inativos. Um maior controle nessa despesa é fundamental”, diz Tinoco, que atualmente trabalha como assessor econômico do secretário de Estado de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles.

Segundo o economista, isso fica claro no caso de São Paulo. O controle das despesas com pessoal, incluindo aposentados, foi chave. O Estado esteve “na vanguarda” das reformas da Previdência. Agora, afirmou ele daqui para a frente, o desafio é manter os gastos com pessoal controlados e, ao mesmo tempo, com foco em eficiência, avançar na melhora dos serviços públicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.