Resultados da pesquisa por “fundos de investimento

Megainvestidor Bill Ackman zera aposta na Netflix e tem perda de US$ 400 mi

O megainvestidor de Wall Street, Bill Ackman, da gestora Pershing Square, resolveu vender todas suas ações da Netflix. A venda ocorreu apenas três meses depois que ele anunciou ter comprado 3,1 milhões de papéis da companhia de streaming e gerou prejuízo de mais de US$ 400 milhões, considerando as cotações do momento da compra e da quarta-feira, 20.

A decisão de Ackman, explicada em longa carta divulga na quarta-feira à noite, ocorreu após o balanço decepcionante da Netflix, que fez as ações da companhia despencarem 35% na quarta. A venda dos papéis vai fazer o retorno dos fundos da Pershing Square cair quatro pontos porcentuais.

Ackman argumenta que, após perder assinantes, a Netflix anunciou que vai mudar o modelo de assinaturas, incluindo alguns mais baratos que terão propagandas. Para o investidor, essas mudanças são muito incertas. “É extremamente difícil prever seu impacto no crescimento de assinantes a longo prazo da empresa”, escreve o gestor.

O megainvestidor ressalta que sua gestora não gosta de incerteza. “Exigimos um alto grau de previsibilidade nos negócios em que investimos devido à natureza altamente concentrada de nosso portfólio.”

No final de janeiro, o gestor anunciou ter comprado 3,1 milhões de papéis da Netflix, com a ação na época na casa dos US$ 360, investindo mais de US$ 1,1 bilhão na empresa. Na quarta, a ação fechou em US$ 226, o que avaliava a posição do gestor em US$ 700 milhões.

Na carta da quarta à noite, ele ressaltou que perdeu a confiança na capacidade da gestora “de projetar as perspectivas futuras da companhia com grau de certeza suficiente”. Assim, resolveu agir rapidamente quando percebeu que os números atuais da Netflix não correspondem à tese de investimentos de quando comprou a fatia, que foi anunciada em seu Twitter dia 26 de janeiro. Naquele dia, Ackman destacou que a Pershing Square era um dos 20 maiores acionistas da empresa de streaming.

“Um de nossos aprendizados com os erros do passado é agir prontamente quando descobrimos novas informações sobre um investimento que são inconsistentes com nossa tese original”, escreveu o gestor.

No pregão desta quinta, o papel da Netflix cai 5,2%, a US$ 214,37.


Sob nova direção, fundo do Softbank na América Latina atingirá US$ 10 bi

Dono de 60% dos unicórnios e com US$ 8 bilhões em investimentos na América Latina, o grupo Softbank vai aumentar o volume de recursos, mudar a estrutura e o comando do fundo destinado à região, segundo fontes próximas ao conglomerado japonês. No total, agora serão US$ 10 bilhões voltados a empresas latino-americanas de tecnologia. Historicamente, o Brasil concentra 65% dos aportes na região.

Com investimentos em 80 empresas, como Rappi, Nubank, Banco Inter e Gympass, o fundo também deixa de ser uma operação independente e passa a ser integrado ao Vision Fund, o veículo de investimentos internacional do grupo, com US$ 140 bilhões sob gestão. A ideia é que a região receba entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões em capital ao ano.

Além disso, o brasileiro Alex Szapiro e o mexicano Juan Franck tornam-se sócios-gestores da operação. O também brasileiro Paulo Passoni e o queniano Shu Nyatta, que ocupavam os cargos, deixam o Softbank. O presidente do fundo latino-americano será o francês Marcel Combs, que assume o cargo após a saída do fundador Marcelo Claure.

Para fontes próximas ao Softbank, as mudanças são internas e terão pouco efeito prático. Os US$ 10 bilhões continuam carimbados com destino à America Latina – considerada um “celeiro de oportunidade” para a indústria de venture capital, que são os fundos que investem em empresas em estágio inicial ou em fase de crescimento.

De acordo com pessoas ouvidas pelo Estadão/Broadcast, é uma solução de continuidade, já que Szapiro já comandava o fundo no Brasil e Franck estava à frente do México, países que têm os ecossistemas para empresas nascentes de tecnologia mais desenvolvidos da região.

Outro indício de que a região continua tendo relevância para o Softbank seria o fato de que o fundo já teria fechado negócios no valor de US$ 250 milhões nos três primeiros meses do ano. Diversos acordos estariam em fase final e devem ser anunciados em breve. Para uma das fontes, agora dentro da estrutura do principal fundo do Softbank, a região poderia disputar inclusive mais recursos.

Por trás das mudanças, está a reestruturação do fundo latino-americano após à saída de Claure do Softbank, em janeiro. Nascido na Bolívia, ele foi o idealizador do projeto, lançado em 2019. Convenceu Masayoshi Son, fundador de um dos mais bem-sucedidos grupos de investimento em tecnologia de todo o mundo, de que a região na qual poucos prestavam atenção merecia um olhar especial.

Conseguiu um cheque de US$ 5 bilhões e criou o braço que apostou em campeões como Kavak, Creditas e Mercado Bitcoin, entre muitos outros. Foram aplicados US$ 3,5 bilhões em 48 empresas que, em julho de 2021, já tinham valor de mercado de US$ 6,9 bilhões. A taxa de retorno em moeda local foi de 103% no período.

RUÍDOS

Segundo o New York Times, os desentendimentos começaram quando Claure quis ser remunerado à altura por serviços prestados, como ter resolvido a oferta de ações do problemático WeWork. Teria pedido compensação de US$ 2 bilhões – o que não pegou bem na matriz. Ao mesmo tempo, Claure teria disputas com o indiano Rajeev Misra, CEO do Vision Fund. Sem chegar a um acordo, deixou o grupo. E isso teria aberto o caminho para Misra incorporar o fundo latino-americano.

O Softbank perdeu 43% de seu valor de mercado no último ano. Com o aumento dos juros nos EUA e a guerra na Ucrânia, muitos investidores tiraram seus recursos de empresas de tecnologia e colocaram o dinheiro em opções mais seguras, como títulos do tesouro americano e commodities. Além disso, um dos principais investimentos do Softbank, o Alibaba, perdeu valor após o governo chinês proibir empresas do país a abrir capital no exterior. A gigante do comércio eletrônico estava em vias de fazer sua oferta inicial nos EUA.

Assim, seria um movimento natural a operação latino-americana ser incorporada ao fundo global, em vez de se levar adiante o spin-off – ou criação de uma empresa independente – como Claure teria chegado a propor. Procurado, o Softbank não respondeu a pedido de entrevista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Alliar conclui troca de controle e Nelson Tanure mira em expansão

Após assumir o controle do grupo de medicina diagnóstica Alliar, Nelson Tanure mira na expansão da empresa e consolidação da marca, com o objetivo de transformar a companhia em um dos maiores players do País. A troca de controle foi concluída nesta quinta-feira, 14, após várias polêmicas envolvendo o empresário. Em nota à imprensa, a […]


Goldman Sachs vira sócio da Unico

Conhecida pelo seu sistema de biometria e identidade digital, a paulista Unico atraiu um dos maiores bancos do mundo para ser seu sócio. Oito meses depois de receber aporte de R$ 625 milhões e conquistar o título de “unicórnio”, a startup liderada por Diego Martins arrecadou mais US$ 100 milhões (cerca de R$ 470 milhões) […]


Bezos faz aporte em fintech do Brasil

O goiano Rafael Stark nem precisa abrir a boca para dizer que é um nerd. O sobrenome “artístico”, que batiza também a sua startup, é claramente inspirado em Tony Stark, o alter ego do herói dos quadrinhos e do cinema Homem de Ferro. O Stark Bank, porém, tem uma missão bem mais terrena do que salvar a humanidade de supervilões: oferecer um serviço bancário moderno e tecnológico para os “unicórnios” (startups avaliadas em US$ 1 bilhão) do País.

Para isso, o Stark brasileiro reuniu nomes que o Stark da Marvel adoraria ter por perto. A companhia anuncia nesta segunda que recebeu um cheque de US$ 45 milhões em rodada liderada pela Ribbit Capital, firma americana especializada em fintechs – também participaram SEA Capital, Lachy Groom e K5 Global.

Um outro nome na lista de investidores, porém, se destaca: Jeff Bezos, fundador da Amazon. O segundo homem mais rico do mundo participou da rodada por meio de sua empresa de investimentos pessoais, a Bezos Expeditions. É a primeira vez que o fundo participa de um aporte no Brasil – na América Latina, já havia investido na NotCo., unicórnio chileno de alimentos feitos à base de plantas.

Nas palavras do executivo brasileiro, fica no ar a ideia de que o Stark Bank quer ser uma espécie de “Nubank das grandes empresas”, uma instituição tecnológica que quer abalar o domínio dos “bancões”. Stark, porém, explica as diferenças: “Para pessoa física ou pequenos negócios, o cliente quer fazer tudo no app e ter uma experiência fluida. Em uma grande empresa, o cliente não quer ‘poucos cliques’. Ele quer controle e escalabilidade (crescer sem elevar custos).”

Além de cartão corporativo com controle de gastos, o banco oferece produtos como gestão de cobrança via boleto e Pix e fluxo customizado de aprovação de pagamentos. Com o aporte, a companhia deve oferecer produtos financeiros, como investimentos e linhas de crédito. “Conforme o ecossistema de startups cresce e empresas tradicionais passam por transformação digital, cresce a demanda por produtos financeiros e soluções personalizadas. Há uma oportunidade bacana para o Stark”, diz Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem.

X-Men

Os investidores parecem ver as oportunidades. O novo aporte chega apenas quatro meses depois de um cheque de US$ 13 milhões, que teve participação de fundadores do Dropbox, do Rappi, da Wildlife e do Slack. “Nos últimos três anos, triplicamos a receita e o volume transacionado. Estávamos sendo assediados por vários fundos globais”, diz Stark. O objetivo neste ano é crescer dez vezes.

Entre os 300 clientes, o Stark reúne um time de estrelas. Na lista estão unicórnios, candidatos a unicórnios e outros nomes promissores: Quinto Andar, Loft, Daki, Buser, Isaac, Flash e Pipo Saúde.

A ideia de enfileirar nomes importantes parece se aplicar também aos contratados da startup. O quadro atual de 30 pessoas deve chegar a 60 até o final do ano, mas Stark (o executivo) não embarca no discurso de expansão veloz de time, algo comum quando startups recebem aportes. Ele recorre aos quadrinhos novamente. “O Stark Bank é tipo os X-Men: eu sou o Charles Xavier, que tenta localizar pessoas excepcionais. Um time com 200 ou mil pessoas não será composto apenas por pessoas excepcionais”, diz

Talvez Stark esteja buscando profissionais com histórias como a dele. Nascido em 1989 em Goiânia, começou a trabalhar aos 16 anos após a morte do pai. “A família de classe média virou ‘média baixa'”, diz. Aos 20, foi aprovado no ITA, onde se formou em engenharia mecânica aeronáutica. Na reta final do curso, passou um ano na Califórnia, onde estudou em Stanford e na Universidade Politécnica Estadual.

Por lá, começou a programar, algo que seguiu fazendo na volta ao País até que, em 2018, fundou o Stark Bank, após realizar projetos com a Colgate. O CNPJ “S/A” do Stark Bank é o mesmo que ele utilizava nos tempos de MEI.

Infra

Com o aporte, o Stark Bank vai criar também uma nova unidade de negócios, a Stark Infra, que vai fornecer infraestrutura para fintechs e instituições financeiras, como APIs (interface) para o Pix e emissão de cartão com a marca da empresa. Segundo especialistas, é mais uma boa oportunidade.

Com um horizonte promissor, agora só falta Stark conhecer de perto Bezos. “Ainda não rolou, mas ele costuma realizar encontros com os fundadores das startups no portfólio”, diz ele, que encerra a conversa com uma frase que jamais sairia da boca do Stark fictício. “Eu valorizo muito o papel de mentores. Quero estar sempre perto dos melhores”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Conhecida no e-commerce, PetLove vai abrir lojas físicas

A PetLove, e-commerce de produtos para cães e gatos, vai inaugurar suas primeiras lojas físicas, em maio, na cidade de São Paulo. Diferentemente de suas concorrentes, como Cobasi e Petz, que têm unidades de 1.000 m² a 10 mil m², as unidades da PetLove serão menores, com área de vendas em torno de 300 m². […]