Resultados da pesquisa por “fundos de investimento

Investir em imóveis é uma boa opção?

Na coluna dessa semana gostaria de trazer uma visão diferente sobre tudo o que é falado em relação ao investimento em ativos reais. O objetivo é provocar reflexões em relação a um dos investimentos considerados mais conservadores, mas que na verdade está bem longe de ser. Gostaria que todos os investidores considerassem o investimento em […]


Daycoval tem lucro menor no 1º trimestre

Com uma carteira focada no crédito a empresas, o Banco Daycoval segue a tônica de seus pares e deve atuar com cautela este ano, dado o cenário de inflação e juro mais altos, no Brasil e no mundo, e de eleições. Com a atividade econômica mais fraca, a instituição, que no ano passado ensaiou uma volta à bolsa, viu uma queda anual de 1,4% em seu lucro líquido recorrente no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado e de 8,3% frente ao quarto trimestre, para R$ 298,0 milhões.

Considerando o efeito do hedge sobre captações externas e impacto do câmbio, o lucro caiu para R$ 196 milhões, quase metade do mesmo intervalo de 2021 e quarto trimestre. Também a carteira de crédito encolheu, embora este seja um período que tradicionalmente as contratações se retraiam. Nos três primeiros meses do ano, a carteira de crédito ficou em R$ 42,5 bilhões, 14,1% menor do que no mesmo período de 2021 e 9% abaixo do trimestre anterior. Cerca de 75% dessa carteira são créditos direcionados à empresas.

“Enquanto não tivermos uma melhor visibilidade do cenário de juro e da inflação, lembrando que o segundo semestre deve ser marcado pelas eleições, nossa estratégia estará centrada em consolidar o que já crescemos ao longo dos últimos quatro anos”, afirmou o diretor de Relações com Investidores do banco, Ricardo Gelbaum.

Segundo ele, as próprias empresas estão em compasso de espera, focadas em operações de curto prazo. Gelbaum acredita que a inadimplência, que tem estado em patamares muito baixos nos últimos anos, inevitavelmente irá crescer, dada a alta da Selic para acima dos dois dígitos.

No primeiro trimestre, o índice de inadimplência acima de 90 dias subiu levemente para 1,7%, de 1,5% no quarto trimestre e de 1,6% no primeiro trimestre de 2021. O saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa estava em R$ 1,7 bilhão, aumento de 0,9% no trimestre e alta de 4,5% nos últimos 12 meses.

O executivo conta que o banco cresceu bastante, elevando o número de funcionários para mais de 3 mil pessoas, dos cerca de 2 mil há quatro anos. O banco expandiu negócios na área de mercado de capitais, abrindo frentes para atender necessidades de investimento de seus clientes.

O Daycoval sempre teve uma asset, com oferta de fundos próprios e de terceiros, área de custódia, de investimento para o segmento de alta renda e de estruturação de ofertas de mercado de capitais. Inclusive nesta semana, foi o coordenador líder, ao lado do BTG Pactual e o Itaú BBA, de uma oferta de letras financeiras de R$ 1 bilhão do próprio banco.


Desonerações tiram R$ 57,4 bi de Estados

Medidas tomadas pelo governo Bolsonaro de desoneração tributária, em pleno ano eleitoral, têm potencial de retirar R$ 57,4 bilhões do caixa de Estados e municípios entre 2022 e 2023, segundo cálculos do Estadão/Broadcast a partir de dados obtidos com exclusividade com o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz).

As medidas frustrariam a continuidade da capacidade de governadores e prefeitos de financiar investimentos públicos. Para os governadores, o problema seria maior porque o ano é eleitoral, e muitos tentam a reeleição ou a vitória dos seus aliados. Um dos problemas é que o governo tem cortado tributos que têm arrecadação compartilhada com os Estados e os municípios. Uma “reforma tributária” particular, segundo os críticos, aproveitando a arrecadação recorde que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, ficará R$ 300 bilhões acima do previsto.

Somente com a redução do imposto estadual sobre gasolina, diesel, álcool e gás, haverá uma frustração de receita dos Estados de R$ 30,9 bilhões caso a medida seja mantida pelos governadores até o fim de 2022. Essa medida, aprovada pelo Congresso, teve como “padrinho” o governo Bolsonaro para reduzir o impacto da alta de preços do petróleo na bomba.

A área técnica do Comsefaz estima que o impacto pode ser maior, já que ainda não calculou, por exemplo, eventuais impactos do congelamento do ICMS sobre os combustíveis em 2023.

Em relação à redução da alíquota do IPI, novos cálculos indicam um impacto de R$ 15,5 bilhões em 2023 referente aos efeitos das perdas dos fundos de participação dos entes com os fundos constitucionais. A transferência para os fundos é vinculada a uma parcela do IPI. O corte da alíquota do IPI em 35% até dezembro vai gerar uma perda de R$ 11 bilhões.

IMPOSTO DE RENDA

Além das medidas, ainda há a pressão no Congresso para a correção da tabela do Imposto de Renda e da tabela do Simples, o que poderia frustrar ainda mais as receitas dos entes subnacionais. São tributos também com arrecadação compartilhada.

Na avaliação do diretor institucional do Comsefaz, André Horta, a situação das finanças públicas dos governos regionais seria cada vez mais crítica, e vai ser agravada pelas medidas de governo federal. “Ou os entes vão colapsar, ou vão precisar abrir mão de serviços essenciais à população por falta de receita”, disse o diretor. O governo federal, por outro lado, argumenta que o caixa dos governadores está cheio com os repasses a mais feitos durante a pandemia da covid-19.

A perda estimada fará o órgão redigir, no segundo semestre, uma nota na intenção de alertar os próximos governadores sobre perdas no primeiro ano de mandato. O alerta também pretende apontar possíveis medidas fiscais a serem tomadas para retomar a solidez ou mitigar os impactos nas contas públicas.

Horta afirma que a situação fiscal de Estados e municípios vinha melhorando até o fim de 2021 com a abertura do comércio e com a retomada econômica, após a queda sofrida com a pandemia do coronavírus. A receita ganhava fôlego também, principalmente, por causa da alta da inflação e o seu impacto no ICMS.

DESEQUILÍBRIO

Os críticos dessa política federal afirmam que o governo faz essa desoneração sem levar em consideração os Estados e OS municípios. Na avaliação do economista Leonardo Ribeiro, o impacto demonstra ser necessário resgatar a ideia de estabelecer o Conselho de Gestão Fiscal no País para promover uma gestão fiscal coordenada e transparente. “O governo federal vem apostando em medidas que comprometem o equilíbrio das contas públicas dos governos subnacionais sem avaliar impactos e consequências no financiamento das políticas públicas locais”, afirmou Ribeiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Presidente do IUB defende projeto de lei que limita aplicação de multa a empresas

O presidente do Instituto Unidos Brasil (IUB), Nabil Sahyoun, defendeu nesta terça-feira, 3, a discussão de um projeto de lei que limita a aplicação de multas a empresas feita pelo Procon. O tema foi discutido em um almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo. O evento contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que também é a favor da proposta.

Na visão de Sahyoun, é preciso reduzir o contencioso das empresas, ou seja, as ações judiciais nas quais as companhias estão envolvidas. “As empresas não conseguem hoje desenvolver porque é uma multa atrás da outra. Há um dado de que 70% do PIB hoje está no contencioso, enquanto, no mundo, a média é de 10%. Isso gera uma instabilidade para qualquer empresa brasileira e para qualquer investidor que venha para cá. Os advogados que eles colocam para orientar dizem qual é a realidade do Brasil”, afirmou o presidente do IUB.

Durante o almoço organizado pela Frente do Empreendedorismo, o projeto de lei que muda a aplicação de multas, de autoria do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), foi defendido como forma de melhorar a segurança jurídica do setor produtivo no País e acabar com o que foi chamado de “atuação política” do Procon e a “indústria da multa”.

O presidente da Abras disse que o número de multas aplicadas pelo Procon no País inibe investimentos em inovação, além de, na visão dele, penalizar os consumidores e o emprego. O projeto de Bertaiolli, que foi eleito presidente da Comissão de Tributação e Finanças da Câmara neste ano, estabelece, por exemplo, que as multas aplicadas pelo Procon não podem ser fonte do orçamento do órgão e devem ser direcionadas a fundos estaduais e municipais de proteção ao consumidor.

A proposta também limita as multas aplicáveis por infração ao consumidor à faixa de meio a 10 mil vezes o salário mínimo nacional, além de proibir a aplicação de multa na primeira visita de fiscalização, a não ser que a infração seja gravíssima.

Para dar sequência ao debate, o IUB planeja um evento, em São Paulo, no dia 19 de maio, para tratar de “segurança jurídica” e “ativismo judicial”. Foram convidados os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, Joaquim Barbosa e Ellen Gracie, além do jurista Ives Gandra e o ex-presidente Michel Temer.


A maior habilidade do século 21: autoconhecimento

Um dos caminhos mais profundos para viver uma vida equilibrada tem sido encontrar a habilidade do autoconhecimento. A capacidade de refletir sobre o nosso passado, presente e futuro não é de hoje. Perguntas, como: quais são os meus valores? Até onde eu posso ir? Qual é o meu propósito? Como posso melhorar os meus relacionamentos […]


Governo lança programa de crédito para alavancar R$ 23 bi em financiamentos

Sem desembolsos adicionais do Tesouro Nacional, o governo lançou nesta segunda-feira o Programa Crédito Brasil Empreendedor para alavancar R$ 23 bilhões em financiamentos com recursos de Fundos Garantidores.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, editou medida provisória que altera regras do Fundo Garantidor de Habitação Popular (FGHab), Fundos Garantidores de Risco de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac). A MP 1.114/22 foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 25.

O programa é uma iniciativa da Secretaria de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia. A liberação total de crédito deve ser de até R$ 21 bilhões pelo Programa Emergencial de Acesso a Crédito Fundo Garantidor para Investimentos (Peac-FGI), além de outros R$ 2 bilhões por meio do FGHab. Além disso, as operações contratadas no âmbito do Programa Casa Verde e Amarela poderão contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Habitação Popular.

“São recursos que estavam parados nos bancos. O Tesouro não terá desembolso. Com as medidas, o crédito foi ampliado e atinge um leque maior de empreendedores. Estamos democratizando o acesso das MPEs ao crédito em condições antes disponíveis apenas para empresas maiores”, avaliou, em nota, a secretaria especial de Produtividade e Competitividade, Daniella Marques.

Como aprovado pelo Congresso neste mês, os recursos do Pronampe poderão ser utilizados para novos empréstimos até dezembro de 2024. A estimativa é de que sejam contratados R$ 14 bilhões em novos financiamentos pelo programa apenas neste ano.

A Economia lembra que no fim de março um decreto presidencial isentou os financiamentos do Peac, PEC e Pronampe do pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o fim de 2023.

“A expectativa é que, com o Crédito Brasil Empreendedor, o Pronampe movimente em torno de R$ 50 bilhões em créditos junto aos bancos. A maior parte do dinheiro a ser movimentado por todas essas medidas do programa será dos bancos. Hoje, a principal dificuldade dos empreendedores para terem acesso ao crédito é a falta de garantias. O governo federal bancará essas garantias como forma de destravar a liquidez dos bancos para que mais empreendedores tenham acesso ao crédito”, destacou o Ministério da Economia.


Mário Torós: ‘Teremos inflação alta por um par de anos a mais’

Ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, Mário Torós diz que a inflação alta pode continuar surpreendendo e que o processo de desinflação será mais difícil e longo do que se imaginava. “Podemos falar em pelo menos um par de anos a mais”, prevê. Ele avalia que mudou o cenário que existia desde 2016, com a política fiscal andando junto com a política de juros. Enquanto a primeira pisa no acelerador, a outra tem de pisar no freio. Sócio da Ibiuna Investimentos, com R$ 27 bilhões de recursos sob sua gestão, Torós diz que a mensagem dos investidores, hoje, é de grande incerteza e de vontade de ter o dinheiro mais protegido.

A economia vive um momento de inflação alta e persistente. O que esperar daqui para frente?

Não dá para pensar no Brasil sem ver o que está acontecendo no resto do mundo. O mundo está assim: crescendo muito e com inflação. Os bancos centrais, tanto do Brasil quanto dos mercados lá fora, falavam que era meio transitório. Mas estamos vendo que a inflação tem um caráter mais persistente no mundo todo e vai ficar por mais tempo. O processo de desinflação, que todo mundo achava que ia ser muito rápido, será mais lento.

No seu horizonte, mais tempo para o processo de desinflação é quanto?

Numa hipótese relativamente boa, podemos falar em pelo menos um par de anos a mais. O ano de 2022 e 2023. Os próprios BCs já estão convencidos de que é um processo longo. A inflação cheia dos Estados Unidos saiu a 8,5%. A despeito disso, as reações dos BCs de modo geral têm sido muito mais paulatinas.

Como fica o Brasil nesse cenário internacional?

O BC iniciou esse ciclo (de alta dos juros) mais rápido, botando a política monetária num nível bastante restritivo. Com o nível de juros que temos, os efeitos da política vão fazer com que o crescimento desacelere no segundo semestre, além das incertezas eleitorais. O que difere mais o Brasil dos outros não é nem a questão da inflação, mas o crescimento, que de fato é muito mais baixo tanto em relação aos países emergentes quanto aos desenvolvidos. Essa é uma questão que tem de ser discutida mais profundamente.

Quais as razões para o baixo crescimento brasileiro?

Não há um único fator, mas uma combinação. Temos uma produtividade bastante baixa. O Brasil tem problemas estruturais que impedem o País de crescer de forma sustentável. Os primeiros passos são persistir nas reformas. Não é uma panaceia. Cada reforma é um tijolo numa construção.

Não se está depositando muita fé nas reformas para o Brasil crescer mais?

Repito que não há atalho para o crescimento sustentado. Não é que haja muita fé nas reformas. Elas são condições necessárias, mas não necessariamente suficientes para garantir o crescimento. Tem de persistir nesse negócio.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, se disse surpreso com a inflação. Há poucas semanas, ele dizia que o pico da inflação seria em abril e depois cairia.

Ele fala do pico da inflação ‘logo na frente’ desde o início de 2021 e, de fato, não tem sido isso. Não é só com o Brasil. Os BCs têm sido surpreendidos pelo processo inflacionário. O Brasil tem um processo inflacionário forte e tem um processo de desinflação a fazer longo e difícil. Grosso modo, pode-se dizer que a inflação no Brasil está 10%, 11%, e tem talvez um processo por fazer para cair a 6%, 7%. Depois, o mais difícil é trazê-la para 3%, que é o patamar que os países emergentes em geral almejam.

O BC e o mercado podem se surpreender de novo nos próximos meses com a inflação?

Minha visão é que existe uma incerteza com a política fiscal, independentemente de qual será o candidato (à Presidência) que vai ganhar. O mercado está dizendo para a gente (nos preços) que a política econômica que está vendo daqui para frente é de volta um pouco da política do passado, em que a política fiscal pisa no acelerador e a monetária tem de pisar no freio. Desde 2016, as políticas monetária e fiscal passaram a andar juntas. Isso permitiu que a taxa de juros real de longo prazo começasse a cair com a perspectiva de que o País estava começando a endereçar a questão fiscal de forma mais estrutural, e não conjuntural.

Esse cenário mudou?

Hoje, mudou. Se olharmos a taxa de juros real de longo prazo do Brasil, ela voltou para um patamar acima de 5%, e rondando em 6% há algum tempo. É muito alta e difícil de sustentar tendo uma dívida em relação ao PIB na ordem de 80%.

Qual a mensagem que os investidores estão passando nesse momento?

É uma mensagem de grande incerteza, de vontade de ter o dinheiro mais protegido. O que vemos, quando olhamos a indústria dos fundos, é que temos um fluxo de investidores domésticos muito grande de novo voltando para a renda fixa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.