Resultados da pesquisa por “fundos de investimento

Preço do urânio dispara com maior busca por combustível nuclear

O entusiasmo dos operadores individuais está reorganizando o mercado de combustível nuclear, que gera um décimo da eletricidade mundial, e elevando os estoques de urânio. Após uma década em baixa devido à catástrofe de Fukushima, o preço do urânio no mercado à vista subiu a 47 libras – no início de agosto, o valor era de 32,25 libras. O custo permanece abaixo do recorde de 137 libras de 2007, de acordo com o rastreador de preços UxC LLC.

Apenas neste mês, as ações da mineradora Cameco saltaram mais de 20%, as da mineradora Denison Mines aumentaram 27% e as da Uranium Energy subiram mais de 14%. Operadores individuais impulsionaram o preço do urânio e se juntaram a um fundo que oferece uma forma mais barata e fácil de apostar no mercado de combustível nuclear. Com foco no urânio as ações da Sprott Asset Management saltaram 49% desde julho.

As aquisições da Sprott estão ajudando a esgotar o urânio acumulado desde Fukushima, mas a alternância entre compras e interrupções tem levado a altas oscilações de preço. Os estoques aumentaram ainda mais na última segunda-feira, após a mineradora Kazatomprom promover um fundo em parceria com o Banco Central do Cazaquistão e a companhia de investimentos Genchi Global. O fundo começará com US$ 50 milhões e pretende levantar mais de US$ 500 milhões.

“É obviamente uma retirada de material do mercado”, disse Jonathan Hinze, presidente da UxC. Segundo ele, o fundo da Kazatomprom dificilmente terá o mesmo efeito nos preços do urânio como o fundo Sprott, que possui mais de US$ 1,6 bilhão em urânio.

Os operadores estimam que entre 70 milhões e 90 milhões de libras serão negociadas em urânio em 2021, ficando acima dos 50 milhões de um ano normal.

Ações da companhia de investimentos em urânio Yellow Cake saltaram 54% neste ano. A empresa disse que espera receber 2 milhões de libras da Kazatomprom entre outubro e dezembro, elevando o seu valor global para quase 16 milhões de libras.

“Nós nunca vimos isso no mercado de urânio. A longo prazo, parece otimista “, disse Amir Adnani, chefe-executivo da Uranium Energy Corp., sobre os fundos Sprott e Kazatomprom. :


Disputa por ‘super-ricos’ acirra rivalidade entre bancos e plataformas

Quem investe há mais tempo no Brasil sempre esteve acostumado a ganhar na renda fixa – cortesia dos altos juros. No entanto, com a taxa real perto de zero, em razão da escalada da inflação, cada vez mais investidores muito ricos, com mais de R$ 5 milhões em reservas, passam a buscar conselhos de gestores especializados para aplicar seu dinheiro.

Excluindo os recursos alocados fora do Brasil, esses brasileiros têm nas mãos um total de R$ 1,8 trilhão em investimentos – volume que cresceu 9% em um ano, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Com esses milionários buscando gestores e investimentos alternativos para garantir mais rentabilidade à carteira, as plataformas de investimento começaram a fortalecer sua estrutura de private banking.

Além disso, houve um “boom” de casas independentes surgindo no mercado, o que gerou uma “dança das cadeiras” de executivos no setor. A corrida das instituições financeiras tem como objetivo não perder o “filé” da alta renda.

Apesar de a briga nesse mercado ter se acirrado, com plataformas querendo morder um pedaço cada vez maior, o Itaú Unibanco ainda consegue manter uma participação de 30%, com recursos administrados muito próximos da marca de R$ 700 bilhões.

No acumulado do ano até agosto, o crescimento foi de 14,5% em relação ao total administrado em dezembro de 2020, frisa o diretor do Itaú Private Bank, Felipe Nabuco.

Para se proteger da concorrência – que inclui gigantes como a XP e o BTG, mas também casas especializadas -, o Itaú Private tem buscado diversificar sua oferta, segundo Nabuco.

O executivo afirma que, até setembro de 2021, o banco já ampliou suas opções de investimentos em ritmo superior ao visto em 2019, ano em que teve recorde de lançamentos.

No BTG Pactual, segundo o sócio do banco Rogério Pessoa, o valor sob custódia da área de atendimento privado dobrou em 12 meses, atingindo R$ 380 bilhões ao fim de junho. A meta do banco é chegar a R$ 400 bilhões até dezembro e bater os R$ 600 bilhões no ano que vem.

Além do crescimento do mercado como um todo, Pessoa diz que parte do avanço é oriundo do movimento de aquisições que vem sendo realizado pelo BTG.

“O cliente deixou de aplicar apenas em renda fixa e passou a tomar risco. Com isso, passou a demandar um aconselhamento um pouco mais profundo para as oportunidades”, afirma Pessoa.

PATRIMÔNIO GERACIONAL. A prova de que esse mercado está crescendo está no fato de que mais executivos estão optando em abrir seus próprios multi family offices, como são chamadas as gestoras especializadas em gerenciar o patrimônio familiar dos clãs endinheirados.

Atenta a isso, a XP lançou um serviço de wealth services para esses escritórios no ano passado, fornecendo a plataforma para que os gestores de fortunas possam gerenciar o dinheiro das famílias que atendem. Hoje, já são dez family offices conectados à plataforma da XP, conta o responsável pela XP Wealth Services, Rogério Carvalho.

“Esse mercado está muito aquecido, e há muitas conversas com banqueiros querendo entender melhor e montando um plano de negócios para atender os clientes”, comenta. A XP, que começou com R$ 10 bilhões em recursos sob custódia neste ano, já atingiu R$ 40 bilhões. A meta, segundo Carvalho, é alcançar R$ 100 bilhões em 2022.

TRIBUTAÇÃO. Quem está interessado em investir no exterior – seja com a ajuda de gestores, seja apenas abrindo uma conta em uma corretora – precisa estar atento à tributação, que muitas vezes costuma ser mais intensa do que por aqui.

Diante do aumento de 44% na procura por investimentos financeiros internacionais no acumulado deste ano, Luis Felipe de Campos, sócio do escritório Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, lembra que cada tipo de investimento realizado é tributado de uma maneira específica.

O investidor brasileiro que recebe dividendos de empresas no exterior, por exemplo, deve informar tais rendimentos à tributação via carnê-leão, seguindo a tabela progressiva de até 27,5%. Caso esse investimento fosse realizado no Brasil, o recebimento de dividendos pagos por empresas sediadas no País estaria isento da mordida do IR.

Quando o investimento for em ações, fundos ou outros investimentos no mercado financeiro, os rendimentos e ganhos de capital com a alienação dessas aplicações estarão sujeitos ao Imposto de Renda entre 15% e 22,5%, quando estiverem disponíveis para o investidor pessoa física brasileiro.

“É importante mencionar que, caso o rendimento seja creditado, por exemplo, na conta do investidor e esteja disponível para saque, o investidor deve oferecer tal rendimento à tributação mesmo que não repatrie os recursos”, explica o especialista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


B3 está em tratativas para compra da Neoway Tecnologia

A B3 informou que se encontra em tratativas para adquirir 100% do capital social da Neoway Tecnologia Integrada Assessoria e Negócios, empresa de tecnologia especializada em big data analytics e inteligência artificial para negócios. A empresa não informou valores. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa observa que, até o […]


VW coloca R$ 200 mi em fundo ESG da XP

Primeira montadora no Brasil a criar uma aplicação financeira ligada a valores ambientais, sociais e de governança, a Volkswagen fez um aporte de R$ 200 milhões em um fundo exclusivo em parceria com a XP. O fundo foi batizado de Taos ESG, em referência ao mais recente utilitário-esportivo (SUV) lançado pela marca.

O recurso pertence à Volkswagen Previdência Privada (VWPP), entidade fechada sem fins lucrativos que administra dois planos previdenciários (aposentadoria e pecúlio). A VWPP tem aproximadamente 22 mil participantes, todos funcionários do grupo que envolve Audi, Volkswagen Caminhões e Ônibus, Man Energy Solutions, Volkswagen do Brasil e Volkswagen Serviços Financeiros.

O aporte representa 7% do patrimônio de R$ 3 bilhões da entidade de previdência complementar criada em 1984, mas o plano da empresa é ir além dessa participação no futuro.

Segundo Pablo Di Si, presidente da Volkswagen América Latina, a empresa é, há 30 anos, a principal patrocinadora da VWPP, que tem 85% do patrimônio pertencentes aos seus funcionários.

“Investir o dinheiro dos funcionários, com prêmio superior e, acima de tudo, em empresas com fundos sustentáveis, é um grande avanço”, afirma Di Si. Ele ressalta que a iniciativa está alinhada com as ações que a marca vem fazendo mundialmente e tem relação com a estratégia de descarbonização da cadeia completa do negócio do grupo até 2050.

Melhores ganhos. Ciro Possobom, vice-presidente do Conselho Deliberativo da VWPP, afirma que, além de melhor rentabilidade, atualmente os participantes e investidores do fundo são motivados pelo apelo dos ativos sustentáveis.

Ele afirma que a entidade vai buscar rentabilidade de CDI + 1,5%. Antes, o montante estava aplicado em um fundo que rendia CDI + 0,5%.

Possobom informa ainda que o Taos ESG vai investir em 14 outros fundos dos mercados nacional e internacional, com ativos em crédito privado, debêntures, CDBs e letras financeiras de empresas ligadas a projetos de ESG.

Para Guilherme Benchimol, fundador e presidente executivo do Conselho de Administração da XP Inc., a parceria com a Volkswagen vai servir de exemplo para que outras empresas sigam nessa direção. Ressalta, contudo, que “a responsabilidade não é só do empresário e do mercado de capitais, mas do consumidor, por exemplo ao comprar produtos de empresas comprometidas em deixar o mundo melhor”.

A ação da VW em parceria com a XP, que vai administrar o fundo, segue uma tendência de mercado em que investidores institucionais (fundos de pensão) estão sendo incentivados a fazer este tipo de investimento, que leva em consideração uma economia mais verde e uma indústria mais responsável com a redução das emissões de carbono no meio ambiente.

Hoje, os fundos de pensão detêm em aplicações 14% do PIB brasileiro, ou seja, R$ 1,1 trilhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Aplicações perdem corrida para inflação

Os investidores que conseguiram ter ganhos acima da inflação nos últimos 12 meses foram aqueles que apostaram no bitcoin e no Ibovespa (principal indicador da B3). Isso porque, segundo um levantamento da plataforma de informações financeiras Economatica, a rentabilidade real desses dois investimentos foi de 250% e de 6,5%, respectivamente, até o mês de setembro. Já outros produtos financeiros, como poupança, fundos de renda fixa e até moedas estrangeiras, tiveram um desempenho negativo durante o mesmo período avaliado.

A rentabilidade real é a melhor forma de aferir se houve aumento ou perda do patrimônio, pois indica o quanto cada aplicação rendeu e, depois, desconta o valor corroído pela inflação. “O investidor pode até pensar que tem um valor maior para sacar do que ele havia aplicado há um ano (por causa do ganho nominal). Então, ele pensa que não houve perda de dinheiro. Mas, com a inflação, você não está perdendo dinheiro. Você está perdendo poder aquisitivo”, explicou Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.

Ao analisar o bom desempenho do Índice Bovespa, o professor de Finanças da FGV-SP Fábio Gallo diz que “o ano para a Bolsa foi bom porque, no ano passado, as taxas de juros caíram muito, e as pessoas não tinham muita alternativa na renda fixa e foram para a Bolsa”. Em setembro de 2020, a Selic estava em 2% ao ano.

No caso do bitcoin, ele chama atenção para o fato de ser uma opção voltada a um público mais restrito formado por investidores de perfil mais agressivo. “É um ativo muito volátil, que depende de muita especulação”, disse Gallo.

Para Ricardo Rocha, professor de Finanças do Insper, neste ano a inflação “atropelou todo mundo”. “Ela causou muita perda para quem ficou indexado à taxa de juros, para quem permaneceu em fundo DI ou CDB/DI sem observar uma diversificação. Porque, ao notar o cenário de alta da inflação, teria dado tempo de diversificar para uma aplicação indexada ao IPCA. E é importante o investidor sempre olhar o princípio da diversificação mesmo na renda fixa”, afirmou ele (veja quadro acima).

Rocha afirma que, em momentos de alta de preços, os títulos atrelados à inflação seriam as melhores opções de investimento. “Há também alguns setores da Bolsa que acompanham bem esse movimento inflacionário, setores que conseguem repassar o preço [AO INVESTIDO], como o varejo, por exemplo. Mas, neste caso, já estamos falando em apostar na renda variável, então é preciso fazer uma análise cuidadosa”, completa Rocha.

O especialista ressalta que, apesar das perdas, é preciso lembrar que estamos em um período atípico, por conta da pandemia do novo coronavírus. “Agora, o interessante seria aprender a lição para não perder mais”, diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Renner investe R$ 1,2 bi em centro de distribuição de olho nas vendas online

A Lojas Renner acaba de finalizar a construção de um novo centro de distribuição (CD) na cidade paulista de Cabreúva. O investimento de R$ 1,2 bilhão, que estará em operação no ano que vem, tem o objetivo de acelerar o negócio online da varejista de moda, especialmente do marketplace.

“A expectativa é impulsionar as vendas online. O novo CD foi projetado alinhado à nossa estratégia omnichannel (venda por diversos canais) e, por isso, já conta com a tecnologia mais atual para otimizar tanto o abastecimento das lojas quanto a entrega na casa dos clientes”, diz Fabio Faccio, presidente da Renner.

De acordo com o executivo, o novo CD suportará o crescimento da Renner até 2035. A Renner está investindo R$ 750 milhões do próprio bolso e mais R$ 520 milhões de um aporte da Kinea Investimentos, gestora de fundos do Itaú.

Segundo Pedro Pereira, diretor de suprimentos da Renner, operação de Cabreúva pode ser um dos motores de crescimento do marketplace da empresa, que ainda é tímida. Em projeto piloto, a varejista terminou o segundo trimestre com 50 vendedores, enquanto a Camicado tem cerca de 120 parceiros. Como comparação, a rival C&A possui 440 parceiros.

As vendas por canais digitais da Renner somaram R$ 414,5 milhões no segundo trimestre, crescimento de 66,5% em relação ao mesmo período de 2020.

Tecnologia

Do total investido no novo CD, R$ 453 milhões serão aportados em tecnologia. O principal deles será a aquisição de 312 robôs para cuidar do armazenamento de caixas e roupas. Segundo Pereira, isso vai permitir reconfigurações em processos em momentos de pico de venda, como a Black Friday.

Isso será fundamental, segundo os executivos, para criar um sistema eficiente para começar a receber itens de terceiros. Hoje, a Renner não auxilia a logística dos vendedores, ao contrário do que Mercado Livre e Magazine Luiza fazem há anos. Com o novo CD, a companhia quer em breve fornecer aos seus parceiros a possibilidade de realizar entregas em até dois dias – hoje, 60% das vendas da companhia são enviadas nesse prazo.

Esse movimento vai ao encontro do que esperam os analistas para companhia. Em abril, a Renner fez uma oferta de ações e arrecadou R$ 4 bilhões. Esperava-se que a varejista fizesse um movimento de aquisição de alguma rival no segmento digital. Entre as apostas do mercado estavam Dafiti, Westwing e Amaro. Até agora, nada aconteceu.

“Está faltando uma aquisição para mudar a empresa de patamar no digital. O mercado sempre gostou desse estilo mais cuidadoso da Renner, mas acredito que o comércio eletrônico pede mais dinamismo”, diz Angelica Marufuji, da sócia e analista Meraki Capital. Em 2021, os papéis da varejista, que foi uma das queridinhas do mercado até pouco tempo atrás, acumulam baixa de 20%. Em relação ao pré-pandemia, a queda quase dobra.

Para reverter esse quadro, a empresa quer se mostrar mais ágil. Uma das metas, segundo Pereira, é reduzir à metade o tempo necessário para abastecimento das lojas pelo País graças ao novo CD. Assim, a distribuição feita a partir de Santa Catarina ficará mais livre para, por exemplo, ajudar na ainda pequena expansão da rede varejista no Uruguai e na Argentina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.