Análise e Opinião

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Por que diversificar sua carteira? Saiba mais!

Por
Luciano Gois

Utilizar uma boa diversificação é de suma importância para alcançar sucesso nos investimentos. Notamos que as mudanças em nosso cotidiano têm acontecido mais rapidamente e com maior frequência, assim também funciona o mundo dos investimentos. Mas em quais ativos vale a pena investir? E podemos ir além, quanto do nosso patrimônio podemos colocar em cada ativo financeiro?

Muito se fala em uma estratégia previdenciária 60/40, o que consiste alocar 60% em ações e 40% em renda fixa, frequentemente utilizada nos Estados Unidos. Entretanto ela tem apresentado um resultado abaixo da performance de outras carteiras, isso em decorrência do período que os juros estão mais altos com o objetivo de redução de inflação, além de um mercado difícil para bolsa, o cenário não está muito favorável para este modelo.

Podemos levar em consideração que no mercado brasileiro, esta estratégia tem uma performance de muita oscilação, devido à grande volatilidade da renda variável brasileira e a sensibilidade a notícias. Por isso não se pode utilizar qualquer padrão de alocação sem realizar um estudo inicial dos objetivos do investidor e do momento de mercado.

Podemos encontrar no mercado financeiro uma enorme diversidade de investimentos com características, objetivos, riscos diferentes e estratégias diversas. Conciliar as alocações com os objetivos, perfil do investidor, volume financeiro e prazo podem trazer uma complexidade na hora de escolher os investimentos, isso deverá ser observado por quem irá realizar a escolha dos ativos.

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Assim como, balancear os ativos com base no perfil de risco e a estimativa de rentabilidade é o ponto focal da diversificação. Quando a família está no momento de acumulação de capital para reserva de emergência, é importante que a aplicação seja de risco mínimo e máxima liquidez, pois caso algum imprevisto aconteça o recurso estará disponível e não ocorrerão perdas frente aos resgates antecipados.

Uma observação a ser feita é a correlação entre os títulos, se realizarmos uma aplicação em um fundo de ações e em paralelo compramos ações de empresas que fazem parte de um índice do mercado de renda variável, a carteira ficará muito sensível aos movimentos da bolsa de valores, entretanto, ao invés de comprar ações de empresas o investidor aplicar em renda fixa pós fixada como exemplo ele terá a oportunidade de se proteger em momento de uma economia contracionista, onde os juros são altos e o mercado de bolsa com baixo crescimento ou mesmo em queda.

Uma diversificação adequada deverá levar em conta uma divisão em títulos aderentes ao perfil do investidor, que possam proporcionar um bom retorno alinhado ativos de proteção. Os investimentos possuem características principais que devem ser utilizadas estrategicamente para que a carteira seja mais efetiva.

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A personalização dos investimentos deverá levar em consideração o perfil e quanto o investidor está disposto a assumir riscos, mas além disso temos que observar os possíveis riscos de crédito, mercado, liquidez entre outros para selecionar quais ativos irão compor a alocação e quais podem comprometer os resultados.

É de suma importância que o investidor tenha uma reserva de emergência, esta modalidade de aplicação exige que o investimento possa ser resgatado no menor prazo possível, com baixa ou nenhuma oscilação para este resgate, tendo em vista que ativos com liquidez, nem sempre terão um prêmio de juros alto, pois o objetivo central é a disponibilidade dos recursos quando necessário.

Alguns investidores procuram uma renda passiva voltada para aposentadoria, neste caso podemos utilizar aplicações que proporcionem rendas recorrentes com disponibilidade de utilização dos recursos, podemos citar previdência complementar, fundos imobiliários ou mesmo rendas fixas que pagam juros temporariamente, são exemplos de ativos que podem ser utilizados para gerar renda passiva.

Nestes dois exemplos anteriores, temos objetivos distintos, emergência e renda passiva. Conforme a necessidade do investidor, deverá ser distribuído o patrimônio em cada tipo de investimento, para esta decisão deve-se contar com um auxílio de um profissional, pois assim a escolha dos ativos e a identificação do portfólio serão direcionadas observado pontos relevantes para que os objetivos sejam alcançados e para que escolhas incorretas possam trazer um resultado não satisfatório.

Por fim, a diversificação deverá trazer tranquilidade ao investidor, pois caso ocorra em um cenário macro, crises financeiras, incertezas políticas, pandemias ou mesmo tensões geopolíticas, os investimentos possuem uma evolução perene ou quedas mais brandas, permitindo que o investidor tenha proteção contra incertezas.

Além disso, um portfólio diversificado adequadamente permite mudanças mais oportunas tanto para proteções quanto novas oportunidades. Saber das características dos ativos, possíveis riscos e potencial de resultado, permite uma escolha mais adequada e um balanceamento aderente aos pesos de alocações, proporcionando melhores resultados.

Este artigo tem como objetivo democratizar o acesso à educação financeira via Luciano Gois, Assessor de Investimentos da Simples MFO.

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