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Você conhece as diferenças entre risco e volatilidade?

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Entender os conceitos do mercado financeiro é fundamental para elaborar uma estratégia de investimentos. Nesse sentido, existem aspectos essenciais que os investidores precisam entender. As diferenças entre risco e volatilidade estão entre eles.

Esses dois elementos costumam aparecer em conjunto em diversos tipos de análise de investimento. No entanto, eles não representam a mesma ideia. Por isso, é importante compreender o que cada um significa e como o risco e a volatilidade agem em sua carteira.

Neste artigo você entenderá as diferenças entre risco e volatilidade e saberá como levá-los em consideração em sua estratégia de investimentos. Acompanha a leitura!

O que é risco no mercado financeiro?

Para entender as diferenças entre os dois conceitos, é importante que você saiba o significado de ambos. Assim, no mercado financeiro os riscos representam a possibilidade de o investidor não ter os resultados que esperava com seus investimentos.

Todas as alternativas disponíveis no mercado envolvem determinado tipo de risco — inclusive aquelas presentes na renda fixa, que são consideradas mais seguras. No entanto, os investimentos apresentam graus de riscos diferentes.

Desse modo, a chance de perder dinheiro é menor em certos ativos e maior em outros. Normalmente, os riscos apresentam relação com a rentabilidade. Logo, alternativas mais arriscadas do mercado costumam apresentar também maior potencial de retorno ao investidor.

Além disso, há dois conceitos principais para entender esse tema: os riscos sistemáticos e não sistemáticos. Saiba mais!

Riscos sistemáticos

Os riscos sistemáticos são aqueles que englobam um setor específico ou o mercado como um todo. Um exemplo são as crises políticas ou econômicas. Como elas podem afetar o país, geram perigo para os investimentos de maneira geral.

Eles podem ser diluídos com o investimento em alternativas do mercado internacional. Afinal, uma crise interna no Brasil pode não afetar os ativos de outros países. Porém, o investidor fica exposto a um novo mercado — que também traz esses riscos consigo.

Riscos não sistemáticos

Em contrapartida, os riscos não sistemáticos são aqueles relacionados apenas com investimentos específicos. Por exemplo, eles podem afetar uma empresa, mas não ter repercussões nas ações de outras companhias — mesmo que sejam de um mesmo setor.

A diversificação da carteira pode ser uma estratégia para se proteger dos riscos não sistemáticos. Isso porque ela possibilita que os impactos negativos da má performance de um ativo sejam reduzidos pelos resultados positivos de outros.

Quais são os principais riscos ao investir?

Como você viu, os riscos existem em todos os tipos de investimento. Contudo, eles podem incidir de maneiras diversas em cada alternativa do mercado. Assim, é necessário entender quais são os principais tipos de risco aos quais você pode se expor.

Confira os principais!

Risco de mercado

O risco de mercado é um dos mais comuns em sua carteira de investimentos. Ele representa a exposição às mudanças no mercado financeiro. Modificações na taxa de juros ou no câmbio são exemplos de acontecimentos que podem influenciar no aumento ou diminuição desse tipo de risco.

Investimentos de renda variável estão mais suscetíveis ao risco de mercado do que os títulos de renda fixa. Isso acontece porque ações, por exemplo, são ativos expostos à lei da oferta e da demanda. Logo, elas costumam ser impactadas pelas oscilações da bolsa de valores.

Risco de liquidez

O conceito de liquidez no mercado financeiro diz respeito à velocidade com que um investidor conseguirá resgatar seu aporte. Desse modo, o risco de liquidez se refere às dificuldades que ele poderá encontrar para reaver seu capital.

Na renda fixa, existem títulos que apresentam liquidez diária. Eles garantem o resgate rapidamente. Contudo, também existem diversas alternativas que só permitem resgate no vencimento. Por isso, é importante analisar esse aspecto antes de realizar a aplicação.

Já na renda variável, os ativos da bolsa de valores com menor volume de negociações são aqueles com maior risco de liquidez. Além disso, é preciso estar atento às regras de resgate de fundos de investimentos negociados fora da bolsa.

Risco de crédito

O risco de crédito está ligado à possibilidade de não receber o dinheiro que lhe é de direito. Ele existe tanto por parte do emissor dos títulos que você adquiriu ou daqueles que compraram seus ativos.

Esse risco é mais alto na renda fixa e eleva a necessidade de se avaliar a solidez de empresas e instituições antes de investir. Ademais, é importante entender qual o tipo de proteção existe em alguns títulos — como a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Risco operacional

Por fim, os riscos operacionais são problemas que podem acontecer durante as operações de investimento — como é o caso de fraudes ou golpes. Não conseguir comprar ou vender ativos por causa de falhas nos sistemas da corretora de valores ou da bolsa também é um exemplo.

Para minimizar o potencial de incidência dele, vale conferir a classificação das instituições em que você realiza investimentos. Uma boa avaliação por parte do público pode indicar que a plataforma dela está menos suscetível a esse tipo de risco.

O que é a volatilidade?

Agora que você entendeu o conceito de risco e os seus principais tipos, é preciso saber o que é a volatilidade. Dessa maneira, você terá maior clareza para identificar os aspectos que diferenciam ambos e como eles refletem em seus investimentos.

Para isso, vale retomar o conceito de volatilidade na química. Nesse campo, elementos voláteis são aqueles que podem alterar seu estado ou características de forma rápida. Essa lógica é similar no mercado financeiro.

Assim, a volatilidade nos investimentos funciona como uma medida estatística de risco. Ela aponta as variações que o preço de determinado ativo sofre ao longo do tempo. Embora não seja possível prevê-la, você pode usá-la para avaliar a frequência e a intensidade das oscilações no mercado.

Desse modo, volatilidade e risco são elementos relacionados. Afinal, flutuações intensas no preço podem indicar maior risco em um investimento. Entretanto, os dois conceitos não devem ser compreendidos como sinônimos.

Além disso, existem três principais tipos de volatilidade: a histórica, a implícita e a real. A primeira é calculada de acordo com dados do passado de determinado ativo. Por isso, ela pode ajudar a projetar variações dele no futuro — mas não há como garantir que as projeções se concretizarão.

Por sua vez, a volatilidade implícita consiste em uma estimativa de próximas oscilações. Ela é muito utilizada por investidores e especuladores que operam com derivativos no mercado futuro. Para isso, há determinação de um preço para a alternativa e o cálculo da volatilidade o usará como base.

Já a volatilidade real representa a variação efetiva que um ativo está sofrendo no momento. Nesse sentido, ela passa a fazer parte da volatilidade histórica logo que é superada.

Por que é importante entender a diferença entre risco e volatilidade?

Como você viu, risco e volatilidade são conceitos diferentes em seus investimentos — mesmo apresentando certa relação. Assim, a compreensão deles pode trazer benefícios para as suas movimentações no mercado financeiro.

Conheça os benefícios de entender o risco e a volatilidade!

Montar uma carteira adequada ao seu perfil

O perfil de investidor é um dos passos mais importantes antes de realizar investimentos e tem relação com o risco. Afinal, ele possibilita que você tome decisões mais condizentes com seus objetivos e tolerância ao risco do investimento.

Existem três perfis principais no mercado de investimentos: conservadores, arrojados e moderados. Os investidores de perfil conservador são aqueles com menor tolerância aos riscos. Desse modo, eles preferem alternativas mais seguras e previsíveis.

Já investidores moderados aceitam riscos maiores em suas movimentações, embora ainda priorizem segurança. Eles costumam dividir sua carteira entre oportunidades com menos garantias da renda variável e aquelas menos arriscadas da renda fixa.

Por fim, os arrojados estão em busca de maiores taxas de retorno. Considerando essa necessidade, eles apresentam alta tolerância ao risco e assumem posições com menos garantias. No entanto, a ideia é correr riscos calculados.

O entendimento do seu perfil evita que você se exponha a cenários que não estão alinhados com sua tolerância ao risco. Além disso, ele possibilita o encontro de melhores oportunidades para diversificar sua carteira.

Investir de acordo com seus objetivos e prazos

Como você viu, a volatilidade está relacionada às oscilações do preço de um ativo ao longo do tempo. Assim, ela ganha importância especial para investidores da renda variável, já que os ativos ficam mais expostos às variações do mercado.

Nesse sentido, é fundamental que investidores tenham objetivos financeiros e estipulem prazos para eles antes de tomar decisões no mercado financeiro. Afinal, a volatilidade poderá ter um impacto diferente em sua carteira de acordo com o tempo.

Para investidores cujo foco está no longo prazo, por exemplo, ela pode não estar entre os aspectos mais relevantes. Como eles pretendem manter o ativo em sua carteira por mais de 5 anos, o impacto de volatilidades pontuais poderá ser diluído.

Porém, para aqueles que operam buscando ganhos no curto prazo ou com especulação, é importante considerá-la. Isso acontece porque a volatilidade tem um papel importante para identificar as margens de lucro e prejuízo nesses casos.

Como vimos, entender as diferenças entre risco e volatilidade contribui para sua estratégia de investimentos. Logo, saber o papel que ambos exercem em seu portfólio torna mais fácil fazer escolhas eficientes e de acordo com seu perfil e seus objetivos.

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