Resultados da pesquisa por “bolsa

Bolsas de NY fecham em alta, com avanço de 2% do Nasdaq, à espera de balanços

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, com operadores à espera de balanços corporativos das gigantes de tecnologia. As apostas divididas para alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na última reunião do ano, em dezembro, também são acompanhadas pelos acionistas.

No fechamento, o Dow Jones subiu 1,07%, a 31.836,74 pontos, o S&P 500 avançou 1,63%, a 3.859,11, e o Nasdaq teve alta de 2,25%, a 11.199,12 pontos.

As negociações desta terça ocorreram enquanto o mercado aguardava a publicação de resultados das gigantes de tecnologia Alphabet (+1,91%) e Microsoft (+1,38%), além da Visa (+1,92%).

Além da expectativa pelo balanço trimestral, a ação do Twitter subiu 2,45% com a notícia de que Elon Musk irá fechar o acordo de aquisição da rede social até sexta-feira, 28, de acordo com a Bloomberg.

Antes da abertura dos mercados, a General Motors GM)surpreendeu positivamente o mercado, com lucro acima do previsto e revisão para cima nas projeções do ano, e seus papéis avançava 3,61% na sessão. O memo ocorreu com a Coca-Cola, que ganhou 2,40% na sessão. Já a 3M (+0,10%) ficou aquém das expectativas e a General Electric (-0,49%) decepcionou no lucro.

Quanto ao Fed, apesar de já estar precificada uma alta de 75 pontos-base na reunião de dezembro, monitoramento pelo CME Group mostra que o mercado se divide entre um aumento de 50 pb ou 75 pb na última reunião de 2022, em dezembro.

Também no radar, esteve o índice S&P CoreLogic Case-Shiller, que mostrou desaceleração nos preços de casas nos EUA em agosto.


Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com balanços de bancos em foco

Os mercados acionários da Europa subiram na maioria nesta terça-feira, 25. O foco do mercado está na agenda de balanços corporativos, principalmente dos grandes bancos, e na expectativa pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Dados da Alemanha e a posse do novo primeiro-ministro do Reino Unido também estiveram no radar.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,34%, em 407,224 pontos.

Maior banco europeu em valor de mercado, o britânico HSBC divulgou queda anual de 46% no lucro do terceiro trimestre. Além disso, a receita de empresa recuou 3% na mesma base comparativa. A ação do HSBC teve queda de 6,83% em Londres, o que pressione o índice FTSE 100, que fechou em queda de 0,01%, em 7.013,48 pontos. Já o UBS Group informou que seu lucro e receita no terceiro trimestre superaram as expectativas. Em Zurique, a ação do banco suíço avançou 7,73%.

De acordo com Michael Hewson, da CMC Markets, “foi um dia amplamente positivo para os mercados na Europa, com exceção do FTSE100, que ficou para trás devido à fraqueza dos bancos e dos recursos básicos”.

Em entrevista à CMC Markets, o mentor de negociação forex Patrick Reid afirma que, para navegar em águas agitadas, os bancos terão que se concentrar em seus pontos fortes. “Os bancos precisam fazer muito mais do que fazem bem, ainda melhor, mais enxutos e se proteger contra mais volatilidade com um dólar mais forte e falta de credibilidade fiscal dentro do governo”, disse Reid. Ele cita que

há três fatores-chave em jogo: um dólar forte, as consequências do mini orçamento calamitoso de setembro e a estagflação iminente no Reino Unido.

Na Alemanha, o índice Ifo de sentimento das empresas caiu bem menos do que o esperado neste mês, a 84,3 pontos. Já no Reino Unido, Sunak assumiu formalmente como primeiro-ministro e confirmou, em comunicado, que Jeremy Hunt seguirá como ministro das Finanças. Hunt chegou ao posto no breve governo de Liz Truss, para tentar acalmar as turbulências geradas pelos planos fiscais da agora ex-premiê.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 0,94%, a 13.052,96 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 1,94%, a 4250,55 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 1,40%, a 22.289,85 pontos, na máxima do dia.

Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 subiu 1,49%, a 7.794,90 pontos.

O índice PSI, da Bolsa de Lisboa, fechou com ganho de 1,59%, em 5.651,70 pontos, também na máxima do dia.


Bolsa tem instabilidade com fatores locais e tenta defender 115 mil pontos com NY

O Ibovespa cai na manhã desta terça-feira, porém em menor magnitude em relação ao recuo de mais de 3% de ontem, em meio a um clima defensivo dos investidores na esteira do caso Roberto Jefferson, a poucos dias do segundo turno das eleições no Brasil. Os investidores ainda ficam atentos às pesquisas eleitorais e aos dados de produção e vendas da Petrobras.

Após queda, o petróleo passou a subir, ajudando a limitar a queda do Ibovespa, bem como a aceleração da alta das bolsas americanas. Com isso, as ações da Petrobras migram para o terreno positivo.

“Ativos podem se recuperar após o tombo da segunda-feira, entretanto, a incerteza com a política econômica do futuro governo deve continuar a pesar”, avalia em nota a MCM Consultores, acrescentando que “as primeiras pesquisas eleitorais desta semana mostram um quadro mais favorável para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Aumentam os rumores de que o Meirelles Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central poderá ser ministro de seu governo.”

Ontem, preocupações políticas culminadas após a prisão de Roberto Jefferson, que lançou granadas e atirou contra a polícia antes de ser preso, no domingo, levaram as ações de estatais a liderarem as perdas do Ibovespa. A queda veio após uma série de cinco pregões seguidos de alta.

Os papéis da Petrobras cederam mais de 9%, com a empresa perdendo mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado em apenas uma sessão. Banco do Brasil ON recuou cerca de 10%. Perto de 11h30, as ações da estatal subiam 0,20% (PN) e 0,32% (ON), enquanto BB tinha elevação de 0,15%.

Como lembra o economista Álvaro Bandeira, o Ibovespa não deveria perder o nível dos 115 mil pontos, sob pena de “escorregar” para o suporte dos 112 mil pontos. Ontem, ao fecharem baixa de 3,27%, terminou aos 116.012,70 pontos. No horário citado acima, subia 0,01%, aos 116.019,37 pontos, depois de subir 0,13%, na máxima aos 116.159,85 pontos. Na mínima, marcou 114.688,51 pontos, em queda de 1,14%.

Após o fechamento da B3, a Petrobras informou que a produção e as vendas encolheram no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos motivos foi a redução da participação em contratos de partilha nos campos de Sépia e Atapu. A queda na produção e vendas da empresa já era esperada por boa parte do mercado e a expectativa de distribuição de fartos dividendos pode ajudar as ações da estatal.

Apesar da queda do minério de ferro na China, as ações da Vale sobem acima de 1%, depois das perdas da véspera. “O desempenho do Ibovespa está mais atrelado à China. Há sinais de demanda um pouco mais fraca e questões envolvendo a diplomacia chinesa, mas sinais de alívio em exigências para viagens internacionais “, avalia Gustavo Neves, especialista de Renda Variável da Blue3.

Porém, a aceleração da inflação brasileira medida pelo IPCA-15 de outubro fica no radar. Após cair 0,37% em setembro, o indicador subiu 0,16%, ficando acima da mediana de 0,09% das expectativas na pesquisa Projeções Broadcast. O índice que mede papéis ligados ao consumo cai na Bolsa brasileira. “A inflação aqui veio maior do que a esperada”, diz Neves, ao referir-se a um fator de cautela.

Depois de queda, os mercados de ações externos sobe, enquanto os investidores esperam a divulgação de balanços trimestrais de uma série de empresas relevantes dos Estados Unidos, incluindo Alphabet e Microsoft. Mais cedo saiu o resultado da Coca-Cola, cujo lucro e receita surpreenderam o mercado, com as ações reagindo em alta.


Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em baixa, com temores sobre China

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, 25, pressionadas ainda pelo resultado do Congresso do Partido Comunista da China, durante o qual reformadores foram excluídos dos altos escalões da liderança da segunda maior economia do mundo.

Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto teve ligeira perda de 0,04%, a 2.976,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,46%, a 1.923,51 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng também mostrou baixa apenas marginal, de 0,10%, a 15.165,59 pontos, após o tombo de mais de 6% que sofreu no pregão anterior. A ação do HSBC, que tem sede em Londres mas foca o mercado asiático, teve queda de 5,11% em Hong Kong, após o banco divulgar significativa redução no lucro do terceiro trimestre.

No fim de semana, o presidente chinês, Xi Jinping, concedeu a si mesmo um inédito terceiro mandato de cinco anos e instalou importantes aliados em postos-chave do Partido Comunista, na conclusão de uma reunião política realizada a cada cinco anos, deixando de lado autoridades vistas como reformadores pró-mercado.

Xi deseja um papel maior do Partido Comunista no desenvolvimento de negócios e tecnologia na China, alimentado temores de que o controle centralizado atrapalhe uma economia que já está em desaceleração. Também na esteira do congresso, a moeda chinesa – o yuan – caiu aos menores níveis em cerca de 15 anos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 1,02% em Tóquio nesta terça-feira, a 27.250,28 pontos, mas o sul-coreano Kospi caiu 0,05% em Seul, a 2.235,07 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,48% em Taiwan, a 12.666,12 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida por ações do setor financeiro. O S&P/ASX 200 avançou 0,28% em Sydney, a 6.798,60 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press.


Bolsas de NY fecham em alta, em dia com balanços e dados no radar

Os mercados acionários de Nova York fecharam com ganhos, nesta segunda-feira, 24. Após abertura sem impulso, com o Nasdaq chegando a recuar mais de 1%, os índices se recuperaram, em semana importante na temporada de balanços corporativos. Além disso, indicadores e seus potenciais impactos na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) estiveram no radar.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,34%, em 31.499,62 pontos, o S&P 500 avançou 1,19%, a 3.797,34 pontos, e o Nasdaq subiu 0,86%, a 10.952,61 pontos.

A Oanda argumentava que o avanço das ações em Nova York era apoiado por avaliações de que o Federal Reserve deve reduzir o ritmo do aperto após a reunião da próxima semana. Além disso, segundo ela investidores se posicionavam para balanços de gigantes de tecnologia nessa semana, e ainda mostravam mais confiança de que a inflação perderá fôlego.

Um aperto monetário menos agressivo do Fed tende a ser positivo para as ações, embora dirigentes do BC tenham dito em vários momentos na semana passada que ainda é preciso elevar mais os juros para conter o quadro inflacionário. Na agenda desta segunda, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA recuou a 47,3 na preliminar de outubro, mínima em dois meses.

Entre os setores, o quadro mais misto de parte do dia deu lugar a ganhos na maioria dos segmentos do S&P 500. Tecnologia e serviços de comunicação reagiram, o que apoiou a melhora do Nasdaq. Entre algumas ações importantes,

Apple subiu 1,48%, Amazon avançou 0,42%, Microsoft teve ganho de 2,12% e Alphabet, de 1,37%, mas Tesla recuou 1,49%, entre companhias de tecnologia ou serviços de comunicação. Boeing registrou ganho de 0,52%, Ford Motor subiu 2,38%, e no setor de energia Chevron caiu 0,03% e ExxonMobil teve alta de 0,70%.


Bolsas da Europa fecham em alta, com PIB da China e política do Reino Unido

Os mercados acionários da Europa registraram ganhos, nesta segunda-feira, 24. O quadro era positivo desde o início do dia, apoiado por indicadores da China, e mesmo dados locais fracos não estragaram o humor. O movimento foi ainda reforçado após a notícia de que Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças do Reino Unido, será o novo primeiro-ministro, após ele superar disputa interna no Partido Conservador.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,40%, em 401,84 pontos.

O PIB da China avançou 3,9% no terceiro trimestre, na comparação anual, acima da previsão de alta de 3,5% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. As exportações da China superaram a expectativa em setembro, mas as importações decepcionaram, enquanto a produção industrial acelerou em setembro, mas as vendas no varejo vieram abaixo do esperado.

Nos mercados europeus, a série de dados da China foi bem recebida. Já na própria região, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu a 47,1 em outubro, na mínima em 23 meses, na leitura preliminar da S&P Global. O PMI composto do Reino Unido recuou a 47,2 em outubro, menor nível em 21 meses, o que para a Capital Economics aponta para “recessão mais firme” nesse país. Já a Oxford Economics, ao avaliar os PMIs da zona do euro, afirmou que os dados sugerem que a fraqueza econômica local persistirá no quarto semestre.

Nesta segunda-feira, de qualquer modo, os indicadores não abalaram a busca por ações, apoiada pelos dados da China. Houve ainda mais ganho de impulso com a notícia de que Sunak será o próximo premiê. O deVere Group acredita que a novidade pode trazer um período de alívio, mas também diz que ele deve ser curto, com o país enfrentando possível recessão e outros problemas, como no setor de energia e a inflação elevada.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,64%, em 7.013,99 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,58%, a 12.931,45 pontos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 1,59%, a 6.131,36 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 1,93%, a 21.982,95 pontos.

Na Bolsa de Madri, o índice IBWX 35 subiu 1,79%, a 7.680,50 pontos.

O índice PSI, da Bolsa de Lisboa, fechou com ganho de 1,30%, em 5.563,32 pontos.


Ásia: bolsas fecham mistas, após PIB chinês e fim de reunião do Partido Comunista

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 24, após a divulgação de uma série de indicadores represados da China, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB), e o encerramento do congresso do Partido Comunista chinês.

No maior tombo diário desde novembro de 2008, o índice Hang Seng caiu 6,36% em Hong Kong, a 15.180,59 pontos, em meio a uma forte liquidação de ações de tecnologia, após o presidente chinês, Xi Jinping, dar a si mesmo um terceiro mandato consecutivo e consolidar seu poder no encerramento do congresso da liderança da China, no fim de semana.

Na China continental, as bolsas migraram brevemente para território positivo logo após dados de crescimento melhores do que o esperado, mas acabaram encerrando os negócios no vermelho. O Xangai Composto caiu 2,02%, a 2.977,56 pontos, ficando abaixo do nível psicológico de 3 mil pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,76%, a 1.932,34 pontos.

No terceiro trimestre, o PIB chinês teve expansão anual de 3,9%, maior do que o ganho previsto de 3,5% e mostrando aceleração ante o avanço de 0,4% do trimestre anterior. O resultado, porém, ainda é um dos piores em décadas, uma vez que a segunda maior economia do mundo ainda lida com os efeitos de severas restrições adotadas por Pequim para conter surtos de covid-19.

O PIB e indicadores chineses de indústria, varejo e comércio exterior foram divulgados nesta segunda com vários dias de atraso, supostamente causado pela reunião do Partido Comunista, que é realizada a cada cinco anos.

Em outras partes da Ásia, o Nikkei subiu 0,31% em Tóquio hoje, a 26.974,90 pontos, em meio a supostas intervenções do governo japonês no câmbio para conter a desvalorização do iene, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,04% em Seul, a 2.236,16 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,29% em Taiwan, a 12.856,98 pontos.

O tom positivo em parte da região asiática vem também após as bolsas de Nova York saltarem mais de 2% na sexta-feira (21), em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) possa moderar o ritmo de seus aumentos de juros.

Na Oceania, a bolsa australiana teve uma segunda-feira amplamente positiva, revertendo perdas da semana passada. O S&P/ASX 200 avançou 1,54% em Sydney, a 6.779,40 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires e Associated Press.


Apartados do rali da Bolsa e do câmbio, juros ficam de lado, com viés de baixa

Os juros futuros fecharam com viés de baixa, após percorreram a sexta-feira em busca de alguma tendência, sem se afastar dos níveis da quinta-feira. No fechamento dos negócios, estavam nas mínimas da sessão e captando parcialmente o impacto positivo das declarações “dovish” de um dirigente do Federal Reserve sobre os demais ativos. A fala, no meio da tarde, pegou o mercado de juros já com a etapa regular encerrada, no momento de definição dos ajustes. No balanço da semana, a curva devolveu prêmios, com um pouco mais de força nos vértices intermediários e longos, configurando leve perda de inclinação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,83%, de 12,85% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na mínima de 11,68%, de 11,70% na quinta. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 11,52% (mínima) de 11,55% na quinta-feira.

Durante o dia, apesar da queda generalizada do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, e do apetite ao risco visto nas ações, a curva local resistiu à melhora externa calcada na expectativa de que o Federal Reserve possa desacelerar o ritmo de aperto monetário na última reunião do ano. Segundo o Wall Street Journal, dirigentes estão se inclinando deliberadamente à outra alta de 75 pontos-base nos juros, em sua reunião de 1º e 2 de novembro, e devem debater se e como sinalizam planos para aprovar uma alta menor em dezembro. Mas nos DIs a cautela com a área fiscal e com o cenário complexo no exterior estariam inibindo a montagem de posições mais consistentes, acentuada na reta final das eleições e às vésperas da decisão do Copom.

Por volta das 16 horas, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em 2023, disse prever desaceleração “significativa” da inflação nos Estados Unidos em 2023 e juros pouco acima de 4,5% no início do próximo ano. Afirmou ainda que “nossas projeções não apontam para recessão econômica”. Foi a senha para o dólar renovar mínimas abaixo de R$ 5,15 e o Ibovespa avançar aos 120 mil pontos nas máximas. Houve um respingo no mercado de juros, mas essencialmente este é o ativo que tem resistido mais ao impacto da melhora das intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas recentes pesquisas eleitorais.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, afirma que o DI de curto prazo tende a ficar travado pela expectativa de Selic estável nos próximos meses, enquanto a sensibilidade dos demais trechos está mais sobre os cenários fiscal e externo. “Os vencimentos a partir de 2024 olham para o risco fiscal e também são mais suscetíveis aos juros lá fora”, afirma.

Nesse sentido, o alívio nos retornos dos Treasuries nesta sexta pode ter sido apenas um respiro e não uma tendência, diante da conjuntura repleta de incertezas. Na Europa, as perspectivas são sombrias, com crise energética no continente e política no Reino Unido, além da persistência da guerra na Ucrânia.

A próxima semana é de reta final das eleições, mas também de decisão do Copom. Há consenso em torno da Selic estável em 13,75% e o mercado vai buscar no comunicado sinais sobre o plano de voo do Banco Central. De maneira geral, a expectativa é de que seja mantido também o alerta sobre o risco de retomada da alta.