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Renda Fixa em baixa: confira 3 motivos para isso!

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Por muito tempo, a renda fixa foi garantia de bons retornos sem muitos riscos para a maioria dos investidores, graças principalmente aos juros elevados da economia nacional. Contudo, esse cenário se alterou e atualmente vivemos um momento em que esse tipo de aplicação está em baixa.

Vários motivos geraram essa baixa do retorno da maioria de aplicações em renda fixa. Para entender melhor cada uma dessas razões, acompanhe este post, que indica e detalha as principais delas.

Como funcionam as aplicações em renda fixa?

As aplicações de renda fixa são assim chamadas pelo fato de que a sua rentabilidade é fixada no momento em que o investidor faz o investimento. Dessa forma, ele conhece com precisão qual será o seu rendimento ou de que forma ele será calculado.

Os títulos de renda fixa são um mecanismo de captação de recursos, seja pelo Estado ou por instituições financeiras. Quem está interessado em conseguir dinheiro emite um título, com isso, quem coloca o dinheiro nesse papel está, na prática, emprestando o montante aplicado ao emissor, na expectativa de receber uma remuneração no vencimento do papel.

A maioria das aplicações de renda fixa são indicadas para quem está começando a investir seu dinheiro, está formando sua reserva financeira ou ainda quer proteger seu patrimônio. Normalmente, perfis conservadores são os que mais optam por essa categoria de investimento.

No entanto, investidores de todos os perfis devem contar com ativos do tipo em sua carteira, em proporções que estejam de acordo com sua estratégia de investimento. Eles são uma garantia mais segura de retorno e quase sempre permitem o resgate rápido do dinheiro investido, sem maiores prejuízos.

Quais os principais tipos de renda fixa?

Os títulos de renda fixa podem ser divididos em três categorias: prefixados, pós-fixados e híbridos.

Nos títulos prefixados, a rentabilidade é calculada de acordo com a taxa fixada no momento da aplicação, que não se altera em nenhuma circunstância. Assim, uma aplicação do tipo pode ter retorno de 7% ao ano, por exemplo.

Os títulos pós-fixados, por sua vez, têm sua rentabilidade atrelada a um índice do mercado, que costuma variar de acordo com as condições da economia. Os índices mais utilizados para esse cálculo são a taxa SELIC e o CDI. A partir disso, a instituição financeira pode pagar 110% do CDI em um título, por exemplo.

Por fim, os títulos híbridos têm uma rentabilidade calculada a partir de uma taxa fixa somada a variação de um indicador da economia. Como exemplo, eles podem pagar 4,0% ao ano, mais a inflação do período.

A partir dessa classificação, indicamos abaixo os principais tipos de investimento em renda fixa disponíveis no mercado.

  • caderneta de poupança;
  • tesouro direito;
  • CDB;
  • LCI e LCA;
  • letras de câmbio;
  • CRI e CRA.

Quais os riscos aos quais essa categoria de investimento está sujeito?

Os investimentos em renda fixa costumam estar entre os mais seguros do mercado. Isso, no entanto, não significa que eles estão isentos de riscos, assim como qualquer outra aplicação financeira.

Entre os riscos percebidos em aplicações de renda fixa estão o risco de crédito, de mercado, de reinvestimento e de liquidez.

  • o risco de crédito diz respeito a perca de capacidade da instituição financeira que emitiu o título pagá-lo dentro do prazo combinado;
  • o risco de mercado tem relação com a flutuação de preços de um ativo de acordo com variações do mercado. Quanto menor o prazo de aplicação, menos chance de sofrer com tal volatilidade;
  • já o risco de reinvestimento diz respeito à chance de não encontrar outras aplicações com condições iguais após o vencimento ou resgate do título. Quanto maior o prazo de investimento, maiores as chances disso acontecer;
  • por fim, o risco de liquidez descreve a possibilidade de não conseguir reaver o dinheiro investido se for necessário resgatá-lo antes do prazo ou perder parte dos recursos ao fazer isso.

Por que a renda fixa está em baixa?

Agora que você sabe como funciona, quais são os principais investimentos e quais os riscos ao investir em renda fixa, veja quais os motivos explicam a razão desses investimentos estarem em baixa.

1. Queda dos juros

Em poucas vezes na sua história, o Brasil viveu um cenário com a taxa básica de juros em patamar tão baixo. Após um longo ciclo de reduções, a taxa SELIC está em 2,25%. Isso acontece por causa da inflação baixa e da atividade econômica ainda aquém do desejado.

Como muitos títulos de renda fixa têm sua rentabilidade atrelada à SELIC, eles acabam perdendo atratividade, embora ainda mantenham o risco sempre entre os mais baixos do mercado, o que confere a segurança buscada por muitos investidores.

2. Incertezas geradas pelo coronavírus

Embora o reflexo dos esforços para conter a pandemia causada pelo novo coronavírus atinja com mais força aplicações de renda variável, como as ações negociadas na Bolsa de Valores, a renda fixa também sofre com a instabilidade do cenário atual.

Esse é o caso principalmente de títulos atreladas às dívidas de empresas, o que costuma acontecer em CRIs, CRAs e dêbentures (uma opção de renda fixa mais arriscada). Se a empresa emissora for fortemente afetada pela paralisação econômica, ela pode ter dificuldade em honrar os compromissos assumidos.

Além disso, no curto prazo, podem haver mais cortes nas taxas de juros. Já no longo prazo, o horizonte se torna cada mais incerto, tornando difícil saber para onde apontam indicadores como a inflação, os juros e o PIB, cuja velocidade de recuperação no pós-crise é incerto.

A marcação a mercado (que atualiza o preço de certos ativos diariamente) e a falta de liquidez de alguns títulos no mercado secundário são outros aspectos a serem ponderados durante essa turbulência.

3. Taxas cobradas

O rendimento menor da maioria das aplicações em renda fixa pode fazer com que as taxas cobradas em algumas delas pese ainda mais, impactando de forma mais significativa o retorno do investidor.

Por isso, avalie com cuidado quais são as taxas e tributos cobrados, e calcule como isso afetará o rendimento obtido. Não hesite em procurar alternativas que ofereçam soluções para diminuir o peso dessas cobranças.

Acompanhar passo a passo o mercado é, mais do que nunca, essencial para obter as informações necessárias para tomar decisões da melhor forma possível. Com isso, será possível minimizar os riscos, algo fundamental diante do momento de incertezas.

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